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“The Ever Coming“, disco de estreia do vimaranense Dada Garbeck, foi editado a 18 de Janeiro pela Revolve e é o primeiro tomo de uma quadrilogia onde a música serve com ponto de reflexão sobre a teoria do eterno retorno e a dimensão não linear do tempo.
Cada tema faz parte de uma história maior. Esta é a parte em que um homem decide exilar-se da sociedade. Cansou-se dela, mas não é bem misantropia.
De certa forma, como nos diz Satre, estamos condenados à liberdade. O homem decide agora que vai viajar pelo mundo, sozinho, com um saco de pedras às costas.
Após anos de viagem, mais uma noite. Encontrou um espaço sossegado e repleto de paz e lá se deitou para dormir.
Quando acorda, repara que está num cemitério, aparentemente só de crianças. Nas lápides, encontra escrito coisas como: “Maria, 5 anos, 2 meses e 4horas. João, 2 anos, 6 meses e 1hora, etc….”
Afinal não era um cemitério de crianças. Uma senhora, ao passar, disse-lhe: “Não é um cemitério de crianças. Nesta aldeia, sempre que nasce um bebé, é-lhe oferecido um livro em branco. Este livro serve para que possa escrever, ao longo de toda a sua vida, os momentos realmente importantes para ele, realmente marcantes. No final, fazemos a soma de todos os minutos, e é esse o tempo que aparece na lápide. O que é que andamos aqui a fazer? Parece que passamos a vida a morrer.”
É mais interessante se cada um pesquisar o que é Kali-Yuga. Mas pensem só que, o tempo não é linear, andamos em ciclos perfeitos de repetições. Este disco é sobre amor, sobre o eterno retorno, sobre a circularidade do mundo físico.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)