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Marta Miranda, natural de Lisboa, mas criada entre o Alentejo e o Algarve, é uma artista multifacetada, residente em Almada, mas também com os olhos na outra margem, Lisboa, por onde caminha sempre que atravessa o rio Tejo. O seu percurso artístico começou na Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espetáculo, conhecida como Chapitô, e floresceu como vocalista da banda OqueStrada a partir de 2002.
Após o sucesso com OqueStrada, Marta Miranda embarca num caminho a solo como MirAnda. O seu álbum de estreia, Uma Mulher na Cidade, que é uma alusão ao disco Um Homem na Cidade de Carlos do Carmo de 1977, reflete a diversidade musical e cultural de uma Lisboa cosmopolita, explorando influências que vão desde o fado até o funaná, passando pelo desert blues e pela cumbia argentina. O disco conta com a colaboração de talentosos artistas de todo o mundo, unidos pela sua paixão pela cidade e a que MirAnda chama de “Os Amantes de Lisboa”, fazendo assim referência ao filme Os Amantes do Tejo de 1955, com Amália Rodrigues como protagonista.
O álbum Uma Mulher na Cidade, lançado pela editora alemã Jaro Medien, alcançou destaque no Transglobal World Music Chart e foi considerado pela German Record Critics’ Award Association como o melhor álbum de World Music no último trimestre de 2023.
– O CACILHEIRO (composição: Paulo de Carvalho, letra: Ary dos Santos)
O álbum começa com “O Cacilheiro”. No coração periférico de Miranda este pequeno barco navega, saindo de Cacilhas e chegando ao Cais do Sodré, unindo a margem direita à esquerda do Tejo.
– Vontade (Autor: Carlos Posada / adaptação versão português de Portugal: Miranda)
Os dias passam, adiamos ações e onde fica a nossa vontade ?
– Bomba (Composição: Nicolas di Francesco Letra: Nicolas di Francesco and Alisson Santana / adaptação Miranda)
Nicolas di Francesco vem da Argentina e viaja pelo mundo com sua Cumbia alternativa. Passa temporadas em Lisboa onde sente uma
inspiração incomparável. Ouvi-o num bar e convidei-o para tocar na TascaBeat, onde descobri “Bomba”.
Com letra de Jean-Marc, mais conhecido por Pablo “o homem da contrabacia”, é uma declaração de amor ao país que Jean Marc escolheu para viver. Escrita em francês a canção fala de como Jean Marc viveu uma conquista passional através da música e se deixou conquistar também ele por um pais onde já vive há 25 anos.
– Amor a Cores (Composição: Daniel Meneses Leite, Letra: Camila Matoso Leite de Azevedo)
Danny Meneses, tinha chegado a Lisboa do Brasil há 4 dias e amigos disseram-lhe para procurar Miranda na TascaBeat do Rosário e apresentar-me esta música…
– Sina (composição: Amadeu do Vale, Letra: Jaime Mendes)
Um olhar sobre o “fado do infortúnio” relembrando o sofrimento das mulheres em Portugal como um país pobre e sexista. Em um passado não tão distante, o destino das mulheres era decidido por outros como uma espécie de maldição. Vozes do passado que esperamos não nos assombrarem novamente.
– Alfama (Compositor: Alain Oulman, Letra: Ary dos Santos)
Um Fado desiludido sobre o destino dos bairros pobres e populares. Uma letra que permanece atual à medida que a autenticidade desses bairros sucumbe à especulação turística, e aqueles que sempre viveram lá são forçados a mudarem se para as periferias. “Alfama não cheira a Fado, Cheira a pessoas, solidão Cheira a silêncio ferido Tem gosto de tristeza com pão Alfama não cheira a Fado, Mas não tem outra canção.”
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)