Them Flying Monkeys

Under the Weather
2020 | Montanha Records | Rock, Alternativo

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Os Them Flying Monkeys, nascidos em Sintra pelas mãos de Diogo Sá (guitarra), Francisco Dias Pereira (teclas), Hugo Luzio (bateria), João Tomázio (baixo) e Luís Judícibus (voz e guitarra) estão de regresso aos discos e lançaram recentemente “Under The Weather“, com selo Montanha Records.

A apresentação oficial do disco está marcada para o Musicbox, em Lisboa, no dia 7 de Março, seguindo-se uma nova digressão nacional de clubes.

#1 Come Upstairs

Foi uma das primeiras músicas a ser composta para este disco. É uma música que vai direta ao assunto e capta uma faceta punk melódica e épica que ainda não tínhamos explorado. A letra não é sobre o suicídio, ao contrário do que possa parecer, mas sobre a sensação de se ficar sempre aquém de qualquer coisa, misturada com um pedido de companhia e afeto.

#2 Winter Garden

Começou com uma ideia do Hugo feita em casa e foi a primeira a reunir consenso para arrancar com a composição do novo disco. Houve várias linhas de voz compostas para esta música até chegarmos à fórmula final e isso acabou por fazer parte da temática da letra que a compõe.

#3 All You Need

Partiu de uma ideia groovada que o Xico trouxe de casa e rapidamente se tornou numa música estruturada, com uma linha de baixo super consistente que acabou por traçar a linha condutora dos restantes instrumentos. Dos Beatles, ao último disco dos Arctic Monkeys são várias as referências assumidas que encontramos ao longo desta música. Foi uma das letras escritas a meias pelo Diogo e Luís e relata um pouco de uma nostalgia arrebatada por uma sensação de realidade e de nova descoberta. Ao ouvi-la é fácil sentir um “desconforto aprazível”.

#4 Bogus Odyssey

Olhando em perspectiva e com o devido distanciamento, deve ter sido das mais fáceis. Demorou até chegarmos ao tom final da música e talvez esta tenha sido a principal dificuldade no momento da sua composição em banda. É uma música cujas referências são fruto do estúdio de onde vimos e das pessoas com quem regularmente trabalhamos. É uma canção de amor, disfarçada através de sucessivas contradições que em nada o denunciam.

#5 Stereo City

Foi uma ideia que partiu do Hugo e do Luís e foi das músicas mais fáceis de compor onde tudo foi muito natural. A letra é do Diogo e explora um pouco um sentimento de isolamento. Como se a Stereo City fosse um refúgio pessoal onde nos podemos isolar de tudo o resto.

#6 Unlikely Evidence of Chance

Foi a última música a ser acabada. É aquela malha que esteve para não entrar no disco e acabou a ser um dos singles. Tem uma estética um pouco diferente com algumas influências de The Smiths e The Cure. Tem uma letra muito pessoal que fala de experiências passadas muito abertamente como ainda não o tínhamos feito até agora.

#7 Ego

É a malha instrumental que não quisemos deixar de fora do álbum e que mais tarde, aquando da decisão da setlist, decidimos que devia representar um momento de respiração. Não a olhamos enquanto interlúdio, mas sim enquanto representação de um momento de reflexão, num disco onde cada música transporta consigo uma forte carga emocional.

#8 Stick and Poke

Esta é uma música que puxa mais um lado dream pop da nossa parte. É uma música que, por isso mesmo, não é tão térrea como outras e se afasta um pouco da realidade. Foi daquelas que ao longo destes anos de composição levou mil e uma voltas até chegar a este ponto. A sua letra é descritiva e faz lembrar uma história que já todos ouvimos, mas vivida noutros tempos.

#9 Uncertainty

Juntamente com a ‘Bogus Odyssey’, esta foi uma das músicas que o Luís trouxe para a sala de ensaios e que arrancou a segunda fase de composição do “Under The Weather”. A letra foi escrita pelo mesmo e fala sobre a sua perspectiva acerca de uma experiência pessoal de um dos membros da banda. É, novamente, uma malha onde o baixo se assume, em certas secções, como o instrumento condutor do resto da banda.

#10 Rayleigh Scattering

É a música ideal para fechar o “Under The Weather”. Serve um pouco como resumo musical do que foram estes últimos anos de composição. Entre Pop, Rock, Folk, Psicodélico e até mesmo Hip Hop, conseguimos encontrar um pouco de tudo nela – fruto das imensas reconstruções que a música viveu. É um espelho do que foi este disco e é prova ouvida do nosso crescimento enquanto banda e enquanto indivíduos/músicos. No final de contas, o céu é azul e está tudo bem.


sobre o autor

Arte-Factos

A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)

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