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Este álbum é uma tentativa de contar de forma diferente aquela que é para mim uma noite épica de copos. Imagino a personagem principal como aquela voz dentro de nós que de vez em quando nos convence a não ficar em casa depois de jantar e sim a ir beber um copo com amigos, sabendo bem que nunca será apenas um copo. Este álbum é o soundtrack de uma noite cheia de altos e baixos na companhia da personificação do vício. – Miguel Menano
Esta música serve para apresentar a primeira personagem do álbum. A apresentação mostra apenas o tipo de pessoa que a personagem, sem nome, é, sem recorrer à descrição de características físicas. Vê-se nesta personagem simples o lado inocente, puro e idealístico do ser humano.
Esta música apresenta Vice, a personagem principal. Uma entidade que vive dentro da primeira personagem apresentada no álbum. Tal como na primeira música, nesta não se vê a descrição física da personagem focada, apenas a sua personalidade. Vice tenciona sempre viver a vida ao máximo, usufruir de tudo que esta tem para oferecer e ser o melhor em tudo que faz. Considera toda a gente que não siga o seu estilo de vida abaixo de si, é pura arrogância. Diverte-se a ver falhar quem tenta viver como ele.
Nesta música vemos a primeira personagem do álbum perdida num deserto (literal e metafórico). É nesta situação que Vice se apresenta ao seu portador como um salvador, alguém capaz de o retirar do deserto. A única condição que Vice impõe é a de a partir desse momento ser ele a controlar a personagem, partilhando os dois o mesmo corpo sob as ordens de Vice. Para sobreviver a personagem sem nome aceita.
Aqui vemos a perspectiva da personagem sem nome quanto ao início do processo de transformação pela qual o corpo passa à medida que Vice se apodera dele. A personagem descreve as transformações e ilusões que testemunha enquanto se sente a perder controlo do seu próprio corpo.
A música passa agora para a perspectiva de Vice sobre o mesmo momento da canção anterior. Vice contrastando com o pânico da personagem sem nome, vangloria-se. Extasiado, Vice espera levar o corpo do seu portador ao limite antes deste se destruir.
O processo de transformação termina com Vice a controlar totalmente o corpo. Exibindo agora total confiança e poder, Vice tornou-se a seu ver no Sol, o centro do sistema solar, o inigualável, um ser supremo pronto a viver a 100%, sem considerar as consequências.
Vice começa a aperceber-se da falibilidade do seu novo corpo, independentemente dos seus próprios poderes. Sente-se louco, paranóico e perseguido mas incapaz de alterar a sua mentalidade, mantendo-se firme no seu plano de levar o corpo ao limite.
Exausto, com o corpo prestes a atingir os seus limites físicos, Vice sente a sua paranóia a piorar. Entre delírios Vice antevê a destruição da personagem sem nome e inesperadamente o seu próprio fim.
Com o corpo prestes a morrer, Vice sente também que o seu próprio fim se avizinha. Com o que lhe resta das suas forças Vice separa-se do corpo trazendo de volta a consciência da personagem sem nome antes de ambos morrerem.
A Arte-Factos é uma revista online fundada em Abril de 2010 por um grupo de jovens interessados em cultura. (Ver mais artigos)