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“Ao chegar à sua terceira edição, o Porto/Post/Doc volta a propor um festival de cinema de dimensão internacional, centrado nas novas formas do cinema contemporâneo, com especial ênfase no documentário. Serão nove dias e mais de cem actividades, divididas entre sessões, com filmes de diversos temas, debates, oficinas, aulas de cinema e festas. Regressamos para voltar a agitar a vida cultural do Porto.”
Assim se lê no site oficial do festival que mais rapidamente cresceu, ganhando uma notoriedade mais que merecida, em apenas três anos. O Porto/Post/Doc não acontece apenas naqueles dias do calendário – 26 de Novembro a 4 de Dezembro – mas acompanha a cidade nos restantes meses, com as sessões Há Filmes na Baixa!.
Na edição de 2016, o foco da programação é o cinema sensorial, um conceito próximo das tecnologias e do digital, que se manifesta por abordagens inovadoras à 7.ª Arte. Haverá uma retrospectiva dedicada ao Sensory Ethnography Lab, da Universidade de Harvard, um dos laboratórios de documentários mais entusiasmantes da última década. Neste âmbito, será ainda exibida uma selecção do trabalho da cineasta checa Jana Ševcíková, que tem investigado certas comunidades esquecidas do Leste Europeu. O brasileiro Eryk Rocha será igualmente homenageado com uma retrospectiva, do qual se destaca a exibição do seu recente e aclamado título Cinema Novo.
Na secção de Competição serão exibidos treze títulos a descobrir, mas é na secção Transmission que se prevê maior entusiasmo já que reúne filmes dedicados à Música. Na edição de 2016 vale descobrir o cinema ibérico: Cinema Falado foca-se em trabalhos nacionais e a Cinefiesta traz-nos uma selecção de produções espanholas. Em parceria com a Lovers & Lollypops, estão previstos quatro concertos: Aïsha Devi, Patrulha do Purgatório, Filho da Mãe e o projecto Tunnel Vision. Todos os dias há Happy Hour pelas 18h com oferta de welcome drink, e após a meia-noite chegam as festas do festival ao Passos Manuel.
Destaca-se ainda o regresso de Lionel Rogosin (1924-2000), cineasta reconhecido pelo seu cinema etnográfico. Em 2015 o festival iniciou uma restrospectiva ongoing ao seu cinema, na secção Working Class Hero, à medida que os filmes são restaurados. Na altura exibiram On The Bowery e Come Back, Africa. Este ano, exibem Good Times, Wonderful Times (1966) no dia 3 de Dezembro. Quando Lionel Rogosin filmava os marginalizados da sociedade desde a Bowery até Joanesburgo, afirmou: “vivi como se estivesse a tentar destruir Auschwitz, todos os dias da minha vida”. E pode bem ser este o propósito do cinema documental moderno.
O Porto/Post/Doc decorre no Porto de 26 de Novembro a 4 de Dezembro no Porto, com sessões no Rivoli e no Passos Manuel. A bilheteira vale €4 para sessões de cinema e o investimento em passe geral vale bem os €50.