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A produtora TERRATREME FILMES regressa ao Doclisboa’16 (que decorre de 20 a 30 de Outubro), com a estreia de três novas longas-metragens presentes na competição nacional: A Cidade Onde Envelheço, de Marília Rocha (Eestreia nacional), Ama-San, de Cláudia Varejão (estreia nacional) e Terceiro Andar, de Luciana Fina (estreia mundial).
O filme de Marília Rocha acompanha as aventuras de duas amigas portuguesas por Belo Horizonte e a profunda amizade que nasce entre elas, obrigando-as a lidar com desejos simultâneos e opostos: a vontade de partir para um país desconhecido e a saudade irremediável de casa. O filme foi o grande vencedor do 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, tendo recebido quatro troféus no certame: melhor filme, melhor realização, melhor actor secndário e melhor actriz secundária (este último dividido entre as duas protagonistas, Elizabete Francisca e Francisca Manuel). A Cidade Onde Envelheço venceu ainda o prémio de melhor filme no Festival Biarritz Amérique Latine’16.
Ama-San, de Cláudia Varejão, fala-nos das mulheres mergulhadoras que, mantendo uma tradição com mais de 2000 anos transmitida de mães para filhas, inspecccionam o fundo dos mares do Japão, sem auxílio de qualquer equipamento, em busca de tesouros que garantem, em muitos dos casos, o sustento de toda uma família. As Ama-San conquistaram o estatuto de colectoras e cuidadoras, questionando não só o papel da mulher na sociedade oriental como a própria natureza feminina. O filme acompanha o quotidiano de três mulheres de idades distintas, que há 30 anos mergulham juntas numa pequena vila piscatória da Península de Shima. Rodado entre o silencioso mundo subaquático e a vida rural no exterior, este olhar resulta num retrato único de uma tradição que se anticipa em extinção. A média de idades das mulheres que hoje ainda mergulham situa-se entre os 50 e os 85 anos. Produzido em coprodução com a suíça Mira Film e a japonesa Flying Pillow Films, o filme foi distinguido com uma Menção Especial no 51ª edição do Karlovy Vary International Film Festival, onde estava integrado na competição de documentário internacional.
Por fim, Terceiro Andar, de Luciana Fina, ambienta-se num terceiro andar do Bairro das Colónias, em Lisboa, e conta a história de Fátima e Aissato, mãe e primogénita de uma numerosa família guineense. Fátima chegou a Lisboa há 18 anos e tem agora seis filhos. Aissato fez 18 anos, vai terminar o liceu e planeia estudar Direito islâmico na Inglaterra. A realizadora Luciana Fina, que está Portugal desde os anos 1990, vive no quinto andar deste mesmo prédio, onde mãe e filha dialogam em torno da ideia do amor e da construção da felicidade, cruzando diferentes sensibilidades e expectativas.
A TERRATREME terá dois filmes em exibição da dupla de realizadores Miguel Seabra Lopes e Karen Akerman na secção DocAlliance: A longa-metragem Talvez Deserto, Talvez Universo e a curta Confidente. Recorde-se que Talvez Deserto, Talvez Universo, filme que retrata o quotidiano da Unidade de Internamento de Psiquiatria Forense do Hospital Júlio de Matos, em Lisboa, foi duplamente premiado no DocLisboa’15, tendo recebido uma Menção Honrosa do Júri da Competição Portuguesa e o Prémio Escola António Arroio para melhor Filme da Competição Portuguesa.
Serão ainda exibidos os quatro filmes da série documental No Trilho dos Naturalistas, uma co-produção TERRATREME / Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra. Filmados em diferentes destinos e realizados por diversos realizadores, vão ser mostrados Angola, de André Godinho, Moçambique, de João Nicolau, São Tomé e Príncipe, de Tiago Hespanha e Luisa Homem e As Viagens Philosophicas, de Susana Nobre. Estes trabalhos estarão integrados na apresentação do novo festival de cinema científico SCI DOC, que terá lugar em Lisboa no mês de Dezembro.