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«Outros amarão as coisas que eu amei» é o subtítulo do filme, frase de autoria de Sophia de Mello Breyner Andresen, imensamente caracterizadora do amor à sétima arte de João Bénard da Costa, figura de proa da cinefilia em Portugal. O realizador Manuel Mozos olha neste filme biográfico alguns aspectos da vida do grande impulsionador e programador de Cinema.
Seguindo uma linha biográfica, da infância à vida adulta, somos convidados a conhecer alguns dos filmes favoritos de Bénard da Costa e os grandes momentos da sua vida, e ainda como estes se cruzam. É notável o apreço e o carinho que Manuel Mozos transmite, num filme em que se celebra a vida e a capacidade humana de definir o seu caminho rumo à felicidade. Num registo testamental, o filme é narrado por textos escritos por Bénard da Costa. Denota-se um tom menos efusivo e mais contemplativo, num perfeito contraste àquela que é a memória que guardamos do protagonista.
Mantendo sempre o tom documental que caracteriza Mozos, recordamos o momento em que Bénard da Costa iniciou a sua carreira como Professor – nunca esquecer que foi mentor de incontáveis figuras do cinema contemporâneo português, são assinalados os ciclos que levou à Gulbenkian (Lisboa), entramos no percurso que traçou à frente da Cinemateca Portuguesa. Compreendemos o papel e a importância da família e da religião na sua vida.
Encerra-se o triângulo da obra de Mozos dedicada a João Bénard da Costa, que havia iniciado com Olhar o Cinema Português (1996) e Ruínas (2009), um filme sobre a memória, em que instalações e espaços públicos abandonados são personagens principais.