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Filme de abertura do Curtas Vila do Conde 2016, assinado por Davy Chou – vencedor do festival em 2014 -, foi uma prova viva de que as dores de crescimento não têm fronteiras.
O jovem Bora de 18 anos sai do Cambodja rural para trabalhar na construção de um empreendimento de luxo, junto à capital. Aqui vai deparar-se com as dores de crescimento tão expressivas nessa idade e mais ainda nas mudanças de vida, mas vai também reencontrar o irmão desaparecido. Num choque entre a sua trupe operária e a elite do irmão, Bora procura o seu caminho e uma vida melhor.
Os squad goals e os namoricos não têm fronteiras, e Diamond Island podia perfeitamente ser passado em solo norte-americano ou britânico. A narrativa é fluída e natural, fruto de um chamado “amadorismo” dos actores. Os diálogos são curtos, os sorrisos e os olhares falam por mil vozes, e o ar minimalista do filme dá-lhe muito encanto. Davy Chou divide-se entre planos fechados e longas cenas filmadas num único take, sempre com as luzes e o néon a enriquecerem o ecrã.
Diamond Island é um filme coming of age que nos abre o olhar sobre uma Ásia desconhecida. O amor, a amizade, a morte e a mudança marcam os dilemas e os momentos de tensão. Tudo isto sempre com muita sedução e um aroma de realismo.