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Assinala-se este ano duas décadas desde que foi lançado Independence Day, filme que se tornou um clássico do género nos anos 90. Não estaria certamente nos planos de Roland Emmerich realizar uma sequela à data, mas dada a avalanche de sequelas, prequelas, reboots e remakes que cai nestes últimos anos, porque não? O realizador alemão volta assim com este Independence Day: Resurgence numa sequela que, apesar de tudo, se esforça para justificar a sua existência.
Os acontecimentos deste filme surgem, também eles, 20 anos após os de Independence Day. Os aliens foram expulsos da Terra e com a tecnologia que deixaram para trás a humanidade preparou-se para uma inevitável retaliação. Aos repetentes Bill Pullman e Jeff Goldblum juntam-se actores mais novos como Liam Hemsworth e Maika Monroe num argumento que vai explorando diversas frentes na resistência ao novo ataque alienígena. Ainda assim, não conseguimos deixar de sentir que os acontecimentos desta sequela são, na sua essência, iguais aos do primeiro filme, apenas em maior escala, com mais CGI a suportá-los e com um humor que falha em todas as tentativas de momentos cómicos.
Independence Day: Resurgence tem um início lento e demasiado disperso, numa tentativa de dar informação suficiente acerca de cada personagem antes de partir para o prato principal que é a batalha promovida desde logo pelo título. São apresentados os novos elementos, é dado o contexto em que se encontram as personagens antigas e no fim de uma introdução arrastada aquilo que fica evidente é que há demasiadas incoerências não só em relação ao primeiro filme, mas também entre as personagens presentes nesta sequela. Por isto, mas não só, é muito difícil criar qualquer empatia com o novo cast de personagens que representam pouco mais do que papéis genéricos num filme de acção.
Dada a natureza do filme – um blockbuster – a acção tem necessariamente de ser o melhor e aqui não desilude. Tudo é feito numa escala bastante superior relativamente ao filme de 1996, o que é natural dados os avanços conseguidos a nível de efeitos visuais nestas duas décadas. A nave alienígena é massiva, a destruição que causa é uma delícia para quem gosta de ver monumentos a explodir e estilhaços um pouco por todo o lado e os aliens propriamente ditos vão ao encontro das expectativas. Estas não são características que fazem um bom filme, mas quando vamos ver algo como esta sequela de Independence Day, são grande parte do que esperamos. Neste caso, não podemos mesmo esperar mais do que isso.
A nova vida do filme de Roland Emmerich traduz-se num dos típicos filmes em que se desligarmos o cérebro antes de entrar na sala conseguimos sair satisfeitos no final. O argumento é básico, as incoerências são muitas e as personagens, na sua maioria, são vazias. Nunca ficamos com a sensação de que é uma sequela demasiado forçada, no sentido em que os eventos que decorrem fazem sentido no contexto do que já havia sido retratado anteriormente, e esse é o maior elogio que se pode fazer ao filme. Não é possível, nem recomendável, sequer comparar o impacto nulo que esta sequela vai ter entre centenas de outros blockbusters nos últimos anos com aquele que teve o primeiro filme na década de 90, tornando-se de certo modo um clássico no género.