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No Curtas 2016, o colectivo nova-iorquino Borderline Films recebeu honras de retrospectiva, na secção InFocus. James White foi o primeiro filme a ser exibido, em plena noite de abertura do festival, isto depois de ter conquistado Sundance em 2015.
Um jovem a caminho dos 30 leva uma vida auto-destrutiva, enquanto luta com a morte e a doença na sua família. Bem contemporâneo, bem millennial, tem como prioridade a fruição sem limites. A sua mãe é interpretada por Cynthia Nixon – Miranda, a advogada ruiva de Sex & The City -, que nos surpreende pelo papel que assume: uma mulher em estado de fragilidade levada ao limite.
Não é um filme fácil de criticar pois o risco de revelar pormenores é demasiado elevado. Mas fiz o meu melhor e retirei qualquer detalhe que possa estragar a descoberta deste coming of age.
Visceral, a câmara acompanha James White de perto e em plano fechado. O grande ecrã abre a porta para alguém que se encontra num período de transição: não é adulto mas também já não é um adolescente, tem de dar o passo em frente à maturidade. No fundo, James é como cada um de nós, é um espelho dos nossos tempos modernos. E como o conseguimos compreender: crescemos porque queremos ou porque fomos obrigados pelas circunstâncias?
Um filme exímio, em que tudo perdoamos às personagens perfeitamente construídas, que me deixou apenas a questionar o que faria no lugar dele. Serei suficientemente forte para desligar do meu ego para me encontrar com o outro? Os super-heróis têm diversos rostos e James White é um deles. E é tão humano quanto cada um de nós.