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The Conjuring 2
Título Português: The Conjuring 2 - A Evocação | Ano: 2016 | Duração: 134m | Género: Terror, Mistério, Thriller
País: Estados Unidos, Canadá | Realizador: James Wan | Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Madison Wolfe

A expectativa era alta. Depois de The Conjuring e da morte misteriosa de um espectador na Índia e do desaparecimento do seu corpo, James Wan voltou a reunir Patrick Wilson e Vera Farmiga (que entretanto foi ao extremo no papel incrivelmente desempenhado em Bates Motel como Norma Bates, na série do Netflix). No papel de casal Warren, são uma espécie de exorcistas não oficiais ao serviço da Igreja Católica e contam mais um caso real do mundo das criaturas assombrosas.

Em 1975, Ed and Lorraine Warren (Patrick Wilson e Vera Farmiga) foram chamados pela família Lutz para combater fenómenos paranormais numa casa em Amityville, Long Island, Nova Iorque – onde um ano antes Ronald DeFeo Jr havia morto toda a sua família com uma shotgun – trabalho que os levou a afastar-se. Agora, são chamados novamente a Londres, a Enfield Road, onde vão ajudar Janet Hodgson (Madison Wolfe) e a sua família [a irmã mais velha Margaret (Lauren Esposito), os dois irmãos Johnny (Patrick McAuley) e Billy (Benjamin Haigh) e a mãe Peggy (Frances O’Connor)].

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Ali, o caso de Janet já havia chegado aos jornais e televisões, com filmagens de possessões e testemunhos de várias pessoas, incluindo agentes da autoridade, que testemunharam in loco móveis a mudar de lugar sozinhos e levitações.

O caso está documentado com gravações de Janet, uma miúda que fala com a voz de um homem de 72 anos, entretanto regressado do mundo dos mortos para expulsar a família daquela que diz ser a sua casa (e onde efectivamente viveu e morreu), gravações que foram usadas no filme, após uma aturada pesquisa do trabalho deste casal e da sua intervenção junto de Janet e da família.

Desta feita, o demónio é bem mais potente e pretende chegar ao casal Warren, usando como marioneta o espírito de Bill Wilkins, o anterior ocupante da casa e Janet como condutora desse mesmo espírito.

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A história, mesmo pela vasta documentação existente e pelo gabarito do elenco, merecia mais do que cruzes invertidas, levitações, possessões e facas voadoras. Na verdade, e contrariamente à prequela, os momentos de suspense são raros e, sobretudo, previsíveis.

A utilização de crianças, ao invés de ser o elemento chave, acaba por ser mais um lugar comum, pouco conseguido, com demasiados gritos e correrias, poucos momentos assustadores e demasiado tempo para contar uma história que, com os elementos trazidos desta vez, poderia bem ser resumida em 15 minutos e com mais sucesso.

Depois da obra prima que foi The Conjuring seria naturalmente difícil manter o tecto, mas todas as tentativas posteriores, quer de regresso a Anabelle, quer de regresso ao casal Warren, têm sido profundamente lamentáveis.


sobre o autor

Lucia Gomes

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