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Todos nos lembramos do filme 127 Hours, filme de Danny Boyle com James Franco nomeado para alguns Oscars. Troquemos a rocha que prendeu a personagem de Franco por um tubarão incrivelmente persistente e o próprio Franco por uma protagonista feminina capaz de chamar um público bem específico às salas de cinema. O resultado? The Shallows.
O argumento do filme é simples e bastante focado numa situação única. Nancy, representada tão bem quanto seria possível neste contexto por Blake Lively, é uma jovem surfista que é atacada por um tubarão de tamanho considerável numa praia bastante isolada perto de Tijuana, no México. A cerca de 200 metros da costa, Nancy espera (sendo esta a palavra-chave neste filme) por uma oportunidade de conseguir sair da água, contando apenas com a companhia de uma gaivota bastante expressiva e pouco útil para aquela causa.
Não sendo uma ideia nem genial, nem original, The Shallows consegue entreter. Para alcançar este objectivo, funciona a favor do filme de Jaume Collet-Serra a curta duração – apenas 86 minutos de filme – Blake Lively, que não realizando uma prestação memorável, também não foge muito do que era esperado e algumas das cenas de maior tensão no filme. Classificar The Shallows como “possível entretenimento” é, ainda assim, francamente pouco para um filme tão curto e focado.
As principais falhas prendem-se com os vários e arrastados momentos mortos ao longo do filme, dado que há um número limitado de vezes que podemos repetir planos sexy da protagonista sem fartar, e com a “personagem” do tubarão que não tem qualquer cabimento. Relativamente a este segundo ponto e ainda que o tubarão funcione bem como o perigo no filme, não passam ao lado as características demasiado ridículas que este tem. Seria mais facilmente credível se se introduzissem alguns elementos sobrenaturais do que a apresentar um animal teimoso, masoquista e sem realmente mais nada para fazer com a vida que tem.
The Shallows é um filme que fica a meio caminho entre o terror – com umas poucas cenas dignas de filme gore – e o suspense. Exagera nos tempos mortos e no predador de características estranhas, mas funciona bem no resto do tempo. Não pensando demasiado no porquê de as coisas estarem a acontecer, é possível apreciar o filme e sair da sala de cinema sem aquele sentimento de que perdemos 86 minutos de vida. Este é, de resto, o melhor elogio que é possível fazer ao filme de Jaume Collet-Serra.