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Já somos todos suficientemente racionais para partir do princípio que o “female fronted metal” não é realmente um género. O que já ajuda na recepção a “Paramnesia”, longa-duração de estreia dos Lisboetas 11th Dimension. Vai por um caminho bem mais diferente e original do que se esperaria, se seguíssemos aquele tal rótulo fictício.
Os 11th Dimension apresentam um metal progressivo de músculo moderno, com entrada aberta para outras diferentes influências, já com bem mais que apenas os alicerces na construção de uma identidade própria. Por entre os riffs graves com o groove de um metal alternativo moderno, estruturas épicas a alternar com as acessíveis, tudo orientado pelas vocalizações de Diana Rosa, com voz e carisma suficiente para se impor na cena, por território nacional e além, traz-nos um conceito com tanto de simples como imaginativo – insatisfação e frustração no quotidiano a levar a uma viagem para outra dimensão, com uma linha ténue entre a realidade e a fantasia? Quem é que não se identifica com isso?
Podiam ter optado por uma salganhada, mas não o fizeram, há imensos elementos diferentes a complementar mas abordados de forma subtil. Podiam ter pegado no progressivo e no conceptual para exacerbar demasiado a grandeza da coisa, mas também o evitam, as canções são memoráveis e não negam a entrada de um pop rock de classe. Há mais que suficiente em “Paramnesia” para os mantermos debaixo de olho para o segundo, com abertura para o elemento surpresa.
Trust Denied, Leaves, Arrival
Factory of Dreams, Ava Inferi, EnChanTya