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Já vemos, pela capa e letra da faixa-título, o velho tema do controlo das máquinas e a total submissão do homem perante robôs. Isto vindo dos tipos que escreveram a “Pandemic” em 2010, no grande “Blood of the Nations.” Não fujam. O tema não é novo. No geral e no conceito dos próprios Accept. “Humanoid” simplesmente segue “Metal Heart” nesse tema. E até a nível sonoro. Não porque estão a regressar a essas raízes, mas porque não as deixaram.
Ou seja, não há surpresas no heavy metal de cabedal dos Accept, banda que tão bem se soube adaptar a um novo vocalista – coloquemos aspas nesse termo, já que este é o sexto álbum com Mark Tornillo na voz – ao manter-se tão igual a si própria, sem alterar o trajecto, mantendo apenas a energia nos níveis mais altos. Se são representantes do heavy metal clássico, então é isso que aqui têm. E “Ravages of Time” é uma balada que se recusa a reconhecer passagem do tempo além dos 80s. Se também alguns entendidos q.b. lhes atribuíram o prémio de pioneiros e criadores do speed metal, então o que não falta em “Humanoid” também é velocidade e muito riff rápido. Se são a primeira banda internacional a ser listada no legado da “New Wave of British Heavy Metal” quando deixamos de lado o rigor da parte “British,” então esse lado mais épico também tem que espreitar. E se é para reconhecer as referências todas, até as menos pesadas, “Man Up” e “Straight Up Jacket” terão que ser as coisas mais descaradamente AC/DC que já editaram.
Com tanta coisa feita e até mesmo já com o factor novidade do vocalista sucessor do grande Udo mais do que esbatido, fica a questão se “Humanoid” traz assim tantos argumentos para ser um disco ao qual ficamos agarrados, e que destaquemos na vasta e respeitável discografia. A resposta para isso é um bem redondo e confiante “nim,” já que é mais um disco de elevada qualidade, acima do que esperaríamos de alguém com tanto ano de estrada, mas que também tem muitos fortes concorrentes que não o deixarão ser mais memorável ainda. Se calhar até é o álbum mais “meio-termo” dos Accept, mesmo continuando a ser registo de óbvios veteranos experientes. O que não tem em originalidade, tem em sabedoria.
Humanoid, Frankenstein, Nobody Gets Out Alive
Metal Church, U.D.O., AC/DC