Alien Ant Farm

mAntras
2024 | Chick Music Records | Metal alternativo, Pós-grunge, Nu metal

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Não é engano, nem viajaram inadvertidamente no tempo. Está tudo no sítio e são mesmo esses, os Alien Ant Farm, com um novo disco para vos lembrar das vezes que já saltaram à custa deles. Não façam de conta que nunca aconteceu. Com familiaridade, já que os gajos se fizeram famosos com uma enorme canção que não é deles, e deram novo sinal de vida já há um tempo… Com outra cover. Essa da indiscutível melhor música dos Wham!, “Everything She Wants,” aqui incluída.

Então é como pegar exactamente desse mesmo ponto, em 2001, para recebermos este “mAntras,” por norma ainda mais estilizado como “~mAntras~,” já de 2024. Ignorando outros três discos que se metem pelo meio, sim, mas isso já nós o fizemos. Claro que a atenção vem à boleia da rentável nostalgia, mesmo que os Alien Ant Farm nunca tenham feito parte do lote do nu metal mais pesado e provocador e andavam ali na linha do pós-grunge, que não fosse da vertente butt rock. Um “American Pie rock,” chamemos-lhe assim e, se também há espaço para recordarmos disso, então há espaço para um novo álbum dos Alien Ant Farm. Que até podiam nem ser a mais genial das bandas, mas recordar agora o “ANThology” até nos faz esboçar um sorriso. Que se mantém quando ouvimos esta tão familiar novidade. Estão a soar mais fiéis ao seu próprio som que aquilo que ainda conseguíssemos esperar.

Ainda sabem fazer um refrão bem chorudo, com impacto. Sabem fazer aquela marca de peso acessível, que não vai além de uns power chords no refrão e um riff de nu metal descafeinado. E Dryden Mitchell já é quase um cinquentão, mas a voz ainda soa igual que há mais de vinte anos atrás. Por aí, “mAntras” até reconforta e dá o seu gosto. Sabe fazer lembrar o “ANThology.” Se calhar demais, que parece que eles próprios o fizeram com ele ao lado para ir copiando. O raio da faixa-título conclusiva é basicamente uma compilação de “reprises.” Mas já serve. A escapada latina de “What Am I Doing” não é bem a “Attitude” mas serve. A melancolia de “Glasses” não é bem a da “Happy Death Day” mas serve. É o típico disco que serve. Diverte por umas audições antes de cansar mas singra por aí. E por nos dar vontade de ir recordar o clássico. E de nos fazer referir ao “ANThology” como um clássico, quiçá a primeira vez que qualquer um de nós o admite. E nem foi consciente. Para isso é bom desligar um pouco o cérebro, divertir e recordar. E está visto que podemos contar com estes “smooth criminals” para isso.

Músicas em destaque:

Fade, What Am I Doing, Everything She Wants

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Hoobastank, Finger Eleven, Hot Action Cop


sobre o autor

Christopher Monteiro

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