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Bons tempos estes últimos anos para muitos estilos de música extrema que tiveram os seus booms há coisa de três décadas atrás. Há uma garra que se sente nesse imortal chavascal que, nunca estando perdida, arrebitou. O thrash tem vindo a ser um desses que recuperou e tem servido delícias no último punhado de anos. Recorrendo aos da velha-guarda, aos veteranos teutónicos, e não só. Não precisamos de ir muito longe ou recuar tanto. Aqui ao ladinho, na nossa península, com uma fundação que recue à entrada deste milénio, temos os Angelus Apatrida a lançar manuais amiúde.
Não se deixem enganar pelas (boas) notícias do assalto tomado às tabelas de vendas, que se viram lideradas aqui por estes thrasheiros. Em nada se tornaram mais acessíveis. O peso mantém-se intocável, os riffs têm tanta velocidade quanto veneno e a língua mantém-se afiada: o que conquistou o povo Espanhol e não só. Não tinha tarefa fácil ao seguir um petardo como “Cabaret de la Guillotine” – que tinha ali as suas inovações melódicas – mas partiram para a castanhada ao basear-se na raiva para escrever as novas canções como se fosse esta a sua estreia. Isto é malta que toma thrash ao pequeno-almoço. E não discrimina as suas ondas, estabelecendo um som-tipo para o thrash metal de sonoridade moderna mas sangue à antiga.
Há um piscar de olho ao crossover clássico e também um groove mais moderno, com o nome Pantera a ser compreensivelmente mais invocado para as comparações nos temas mais musculados. Inventar alguma coisa está longe de ser a prioridade aqui, há uma produção que impede a invasão de uma podridão mais clássica nas malhas e tudo o que aqui está é Angelus Apatrida como conhecemos. Mas com uma raiva, pujança e precisão que justificam a sua crescente popularidade e o porquê deste muito bem auto-intitulado álbum poder ser o mais perfeito e completo cartão de visita para a música dos Espanhóis. Com algo aqui a morder-nos. É que isto precisa de um palco!
Indoctrinate, Bleed the Crown, We Stand Alone
Lost Society, Havok, Crisix