Anvil

Pounding the Pavement
2018 | Steamhammer | Heavy metal

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Já não há nada a descobrir nos Anvil após quase quarenta anos de carreira e ao décimo-sétimo disco. Se recuarmos a 1981, o seu álbum de estreia chamava-se “Hard ‘n’ Heavy” e continha um tema intitulado “AC/DC”. Apenas uma curiosidade que serve como base para situar este novo “Pounding the Pavement”: podia ter exactamente o mesmo título que o de estreia, dada a sonoridade; é tão consistente e invariável quanto a banda que partilha nome com aquele tema.

Pounding the Pavement” é apenas mais Anvil a ser Anvil. Viveram a década de 80 e contribuíram muito para ela, trazendo-a para os dias de hoje como podem e como sabem. No heavy metal mais tradicional de “Bitch in a Box”, no speed que os aproxima do thrash metal que muito influenciaram em “Ego”, numa rockalhada suja à Motorhead, como se pode ouvir em “Black Smoke” e sempre com algum sleaze e sentido de humor juvenil que os aproxima do glam, a juntar a uma crueza e atitude de punk que lhes “suja” mais o som no bom sentido. Lips continua a não ser grande cantor e não é a idade que o vai ajudar nisso, mas pode sempre patentear alguns dotes na guitarra juntamente com os igualmente talentosos Reiner e Robertson, com a instrumental faixa-título a servir de principal palco para a exibição.

Tudo isso soa familiar? É porque os Anvil têm sido exactamente assim há quase quarenta anos, sempre com a mesma descontracção e sempre directos e sem floreados. Sem desfrutar de grande sucesso ou exposição, mas mantendo o nome, posição e influência na música pesada, seja a mais ou menos extrema. Ninguém os quer a mudar e, mesmo que esteja longe de se encontrar aqui algum novo clássico para o seu repertório, tem um conjunto de malhas competentes e memoráveis, com o tal peso de uma bigorna. Ainda não cansou.

Músicas em destaque:

Bitch in the Box, Ego, Black Smoke

És capaz de gostar também de:

Motorhead, Accept, Running Wild


sobre o autor

Christopher Monteiro

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