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É de Paços de Ferreira que parte uma nova viagem espacial entusiasmante. “The Far Star” é o novo disco dos Apotheus e poderemos classificá-lo como a sua obra mais polida e ambiciosa até ao momento.
Com ênfase admitido na parte melódica, é no death metal dessa vertente e mais moderno que os Apotheus sempre caminharam, acompanhados por uma forte companhia progressiva. A imaginação também faz parte desse trilho e concretiza-se neste álbum com um conceito sci-fi que ainda não é dos campos mais explorados por cá. Conseguimos acompanhar a viagem pretendida, funciona perfeitamente como um disco de ser ouvido e explorado de início ao fim, com o contraste entre as partes extremas e as limpas a não dispersar ou a fazer do álbum uma salganhada ou uma colagem de referências. Os Apotheus já tocam estes temas como eles próprios.
Não quer dizer que as influências ainda não sejam bem palpáveis, ou melhor, audíveis. Não deixa de se sentir bastante uma força de Amorphis, um ar de In Flames nos refrães, na sua fase pós-Americanização; um pouquinho de Opeth como alavanca para a parte progressiva – “The Brightest Sun” tem que vir de alguém que conheça as suas partes mais calminhas – e até uma pitada de Paradise Lost; o épico inevitável de um álbum conceptual como este traz uns aromas de Arcturus ou Borknagar e há sempre uma ousadia electrónica meritória para passagens ambientais. O que para alguns faltará em alma, num álbum muito polido, poderá ser compensado para outros nas melodias eficazes que permitem temas memoráveis individualmente, além da experiência da audição conjunta e na escrita inteligente e técnica, tanto da canção como do conceito, que destaca “The Far Star” como uma proposta diferente do que mais se faça por cá. E, felizmente, acima do meramente satisfatório.
Caves of Steel, Staring the Abyss, A New Beginning
Amorphis, Insomnium, Opeth