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Sim, há uma dificuldade em fazer distinção. E nem é referente a esta banda aqui destacada em particular, mas sim a todo um movimento a que alguém decidiu chamar de “war metal” e que já vemos que anda tudo dentro da mesma sonoridade crua e cruel e até da mesma grafia e capas dos discos. Dá para já fartar e causar alguma indiferença a muitos ouvintes mais exigentes mas calha que essas bandas, já para chegarem à sonoridade que praticam, têm a atitude certa de estar a marimbar-se para isso. Querem é blasfemar e fazer barulho para a frente. E quem os vai impedir?
E onde situamos aqui os Archgoat? Bem ao lado dos Blasphemy e dos Black Witchery como aqueles que são “copiados” para que esse tal movimento exista. “Worship the Eternal Darkness” é já o quinto álbum de originais e reforça-se a ideia do parágrafo anterior: não há logo algo assim tão flagrante que o distinga dos anteriores. Nem eles devem estar preocupados em ter um livro de reclamações para algum louco que se sinta defraudado porque ainda não experimentaram com sintetizadores ou inseriram vozes limpas. “Worship the Eternal Darkness” é mais uma demonstração da imundície blasfémica que a banda Finlandesa sempre fez, com um black metal rude e primitivo, a deixar que se insira um bem pútrido death metal, principalmente na voz de Angelslayer, e o thrash a acelerar a destruição. Os habituais ingredientes do tal “war metal,” tudo em bom, no seu mais bem abordado, precisamente com o quão horripilante se torna. Riffs, blasbeats e o usual chiqueiro sonoro de nos tentar imobilizar o pescoço no dia seguinte, odes ao chifrudo q.b. e de vez em quando lá vem a marotice com alguma gemideira que vos faça baixar o volume, em embaraço, caso ande alguém por perto.
Mas para “one trick ponies,” ou lá o que seja, talvez se adeque melhor “quem não precisa de fazer mais,” até que andam por aqui escondidas umas muito subtis experiências. Há uma nesguinha de claridade na produção que nos deixe distinguir melhor as coisas, sim, há aqui coisas para distinguir. Quando um riff é mais punk, quando bebe mais à segunda vaga do black metal, quando são praticamente uns thrasheiros com mais veneno, quando nos obrigam a abrir espaço à volta para o cortante breakdown da faixa-título, quando até há ali alguma complexidade em “Empyrean Armageddon” ou quando despedaçam ainda mais tudo quando abrandam as coisas – então e aquele malhão da “All Christianity Ends!” Mas eles não vão deixar que se note que refinaram alguma coisa e que até se preocuparam com a escrita de canções e produção. É tudo feito para que sejam cobertos pelo mesmo manto fétido do costume. Portanto toca a aumentar o volume, a inverter todos os crucifixos que existam por perto e a dar ao pescoço. Os Archgoat têm mais um disco à Archgoat.
Heavens Ablaze, All Christianity Ends, Worship the Eternal Darkness
Blasphemy, Blach Witchery, Beherit