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Vindos da Rússia, os Arkona conseguiram sempre destacar-se e ser um dos representantes do folk metal, chegando a manter a relevância após um desvanecer da tendência, até agora. Fizeram-no destacando-se, deixando-se de festarolas e muito bailarico, focando-se mais no negrume e na melancolia, a beber mais aos Dissection ou aos Moonsorrow. Sempre mantendo o black metal como principal pano de fundo e cobrindo-o de uma sonoridade pagã que nos leva mais a uma pesada e temível viagem temporal que a um pé de dança e à embriaguez.
“Khram”, já o oitavo álbum, segue a mesma vertente, com temas ambiciosamente trabalhados sem negar a ajuda do metal progressivo, uma atmosfera negra e densa e uma fidelidade ao paganismo, que os distinguirá de muitos que só nasceram no século errado para a fotografia. “Khram” poderá ser o seu disco mais ambicioso e mais negro no seu percurso que já começa a ultrapassar os quinze anos. A introdução vocal “Mantra” é suficiente para instalar algum medo e uma faixa como “V ladonyah bogov” também assombra, só com aquela introdução em piano a dar lugar a uns ferozes blastbeats. Em termos de musicalidade, atmosfera trabalhada, laivos progressivos, recorrência aos instrumentos tradicionais sem alegrar a coisa: passa-se mais nos dezassete minutos de “Tseluya zhizn‘” que em muitos discos inteiros do moribundo subgénero.
A sempre impressionante Masha Scream canta, berra, uiva, destaca-se e lidera os seus Arkona para mais um disco que, passado o teste de resistência à sua duração que existe em todos, torna-se assinalável. Se não fizer muito pelo género para que se reerga, “Khram” certamente fará por eles mesmos, para que se mantenham relevantes e acima de uma mera onda passageira. Vale-lhes serem tão diferentes e sérios.
Tseluya zhizn’, V pogonie za beloj ten’yu, V ladonyah bogov
Equilibrium, Moonsorrow, Temnozor