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Os Audrey Horne serão sempre um caso curioso. No limbo entre a exposição e o underground produzem algumas das melhores malhas de hard rock à antiga, no actual século. E para dar mais piada à coisa, é tudo malta do black metal, com membros de actos lendários como Enslaved a prestar tributo aos clássicos. Com “Blackout”, o seu sexto disco, o ADN é o mesmo e não vêm para surpreender.
Afastando-se cada vez mais dos vestígios de post-grunge que pudessem ter ao início, os Audrey Horne editam mais um disco recheado de hinos de estádio. Cheio de malhas memoráveis, sem espaço para fillers, destaca-se sempre a homenagem aos bons dinossauros do rock, numa abordagem muito própria que lhes dá identidade. O cavalgar e o cheirinho mais heavy metal de “This Is War” ou “Naysayer” trazem uma vénia aos Iron Maiden; “This One” parece algo que constaria nos discos mais recentes dos Deep Purple; “Midnight Man” seria a melhor canção dos KISS desmascarados dos anos 80, se a tivessem lançado eles; “Light Your Way” podia inserir-se na melhor fase dos Motley Crue; “Satellite” tem um tom provocador próprio de um Alice Cooper; a faixa-título podia perfeitamente ser dos Scorpions.
Mas não há aqui qualquer cópia chapada. É mesmo uma banda a saber fazer frente aos grandes, à sua própria maneira – e não dá para confundir a grande voz de “Toschie” com qualquer outra. Não querendo inventar a roda mas recriando-a, os Audrey Horne permanecem uma das melhores bandas das décadas de 70 e 80 que, por acaso, só nasceu em 2002.
Audrevolution, Blackout, Naysayer
Thin Lizzy, KISS, Scorpions