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À dúzia de álbuns já não deve haver ainda alguma coisa a provar. É o que fazemos sempre, quando partimos para um disco novo, aquela pré-análise antes de ouvirmos que por vezes até peca na forma como nos condiciona já aí. E pode haver muita coisa nos Behemoth que cause disso, seja a recepção mais mista a “I Loved You at Your Darkest,” a escalada do underground para a superfície, o pretensiosismo da sua imagem ou qualquer coisa estranha que o seu líder faça ou diga, em modo influencer vegano de ioga. Não são coisas que devem entrar na análise ao novo “Opvs Contra Natvram.”
O que se leva em atenção realmente é algum sinal de cansaço ou estagnação. Muitos sentiram-nos no seu antecessor, que tentou baralhar algumas das suas cartas para realmente suceder um tão bem recebido “The Satanist” sem o copiar. E agora, para se reencontrar, dão mais uns passos atrás. Porém, o throwback é feito para os tempos do grande “Demigod” e dos seus dois sucessores, um pico criativo da banda Polaca. É um passo atrás para uma sonoridade bastante madura, portanto. São os Behemoth a reconhecer os seus fortes e a trazer a brutalidade à frente, a não renegar a fracção “black” do seu “blackened death” se esses termos não forem palavrões. Uns Behemoth, e até um Nergal, mais auto-conscientes e a deixar a música igualar a grandeza e todos os tiques da sua imagem, sem se engolirem a si próprios.
“Opvs Contra Natvram” é um bom disco, que acaba por ter as suas fragilidades praticamente pelas mesmas razões pelas quais singra. São uns Behemoth de lição estudada, como se quer esta malta blasfémica. Acabando por dar, também, nuns Behemoth confortáveis. A sua grandeza pode assemelhar-se já à de uns Dimmu Borgir, – e há muito em “The Deathless Sun” que pudesse ser deles – lá o que isso implique para o contexto. Se detectamos em “Malaria Vvlgata” ou “Neo-Spartacvs” uma fúria a remontar aos tempos do “The Apostasy” ou “Evangelion,” obriga-nos a comparar e a notar quantos furos abaixo desses grandes álbuns todo este trabalho está. “Versvs Christvs” é um fecho épico à “The Satanist,” mas já sem surpresas. O tal conforto. Reconhece-se a qualidade das performances e muita boa malha para repetir, mas por também já conhecermos bem o legado destes Polacos controversos, sabemos o quanto eles já foram capazes de causar mais impacto e fica uma espécie de “bons Behemoth” mas a meio gás.
Neo-Spartacvs, Disinheritance, Versvs Christvs
Watain, Akercocke, Nile