//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Muitos de nós nem estávamos a contar com esta. Um novo álbum dos Benediction. Já se contava a dúzia de anos desde “Killing Music” e pairava mesmo uma incógnita no ar quanto ao estatuto da banda Inglesa. Mas lá repararam que os velhos pesos pesados do death metal andavam aí cheios de genica nestes últimos tempos, muitos até a regressar também e lá decidiram que também queriam brincar a isto. E pronto, peguem lá este “Scriptures.”
Tinham factores a favor, contra e mistos quanto ao seu regresso. Por exemplo, estes doze anos depois já sabemos bem que o “Killing Music” não surpreendeu ou colou assim muito e não fez valer a fenda temporal que também teve a antecedê-lo. Isso pode ajudar “Scriptures” a singrar na sua sucessão ou indicar que já não há muito gás no tanque dos Benediction. Por outro lado, fomos surpreendidos com o regresso de Dave Ingram à demoníaca voz da banda, – com Dave Hunt agora demasiado ocupado a torturar-nos os tímpanos e a esperar o nosso sádico agradecimento por isso, nos Anaal Nathrakh – após uma passagem pelos Bolt Thrower. Que não deixam de ser uma boa referência para o que aqui se passa, assim como todo o death metal que se fazia na Florida na altura em que estes mesmos Ingleses lançavam as suas primeiras respostas saxónicas a essa mesma onda. É o que aqui temos ao longo de doze faixas, em bom, em exemplar, para aquele respirar de alívio de que está tudo no sítio – ou completamente de pantanas, como isto deve realmente deixar.
É death metal sem reinvenções, mas com as letras todas maiúsculas e bem exclamadas – ou grunhidas. Aquilo que Chris Barnes tanto apregoa sobre como o death metal puro deve realmente ser, mas que não atina a executar há uns bons anos. Está aqui, como deve ser, em “Scriptures.” Sem surpresas onde não as quereríamos e com a única missão de descarregar malhas de princípio ao fim, sem nos aborrecer. Como isto é só riffalhões e foram pouquíssimas as vezes – se é que houve alguma – em que parámos de abanar a cabeça no decorrer desta castanhada, é sinal de sucesso. Um regresso a valer.
Stormcrow, Progenitors of a New Paradigm, In Our Hands the Scars
Bolt Thrower, Napalm Death, Asphyx