//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Mesmo se evitarmos falar do assunto é com muito esforço, tornou-se aquela chatice inevitável. Que é falar do currículo de Blaze Bayley. Não dá para avançar os tempos em que foi vocalista dos Iron Maiden naquelas “férias” de quase uma década de Bruce Dickinson. E isso porquê? Porque tudo vai servir de base para comparação. Ainda por cima, aí o Sr. Piloto também lançou um novo disco a solo uma semana depois deste “Circle of Stone.” Quão injusto é que o décimo-primeiro álbum deste vocalista tão experiente ainda tenha que potencialmente sofrer com uma sombra dessas?
Muito. O seu caminho já está mais do que traçado e recorremos a Blaze à procura de algo que se aproxime mais do power metal europeu, sem renegar toda a influência do heavy tradicional Inglês. Quando procuramos algo assente no progressivo, mas sem renegar a canção. Já quase se tornou a marca de Blaze lançar álbuns com qualidade que o reforcem mesmo como um underdog subvalorizado da cena onde se move. E que também tem ainda um impressionante trabalho vocal, também ele não caminhando para novo e a recuperar de sustos de saúde. Blaze Bayley podia ter baixado os braços há muito tempo e ter-se deixado desmoralizar pelo fantasma da passagem pelos Iron Maiden e em vez disso anda a criar um legado que muitos dos que não lhe prestaram atenção assim que saiu da lendária banda ainda hão de lamentar quando finalmente lhe derem uma oportunidade para o descobrir.
Com isto, pretende dizer-se que “Circle of Stone” é um disco genial? Não. Mas o “The Mandrake Project” também não o é, já que é para andar sempre com este à perna, para a comparação. Mas é uma boa sessão, sem fillers, com malhas como “Tears in Rain,” “Ghost in the Bottle,” ou “The Path of the Righteous Man” a servir de viagem segura para o melhor que tinha a década de 80. Não se perde muito em devaneios progressivos mas o lado épico e emocional domina uma “A Day of Reckoning” e fecha, em dueto, com uma “Until We Meet Again” na qual ainda consegue badalar com a classe que os Queensrÿche já tiveram, em tempos. E se é para o colar ao passado, digamos então que uma “Mind Reader” ou uma “The Year Beyond This Year” seriam bons temas do “The X Factor.” Nada a provar, no entanto parece que temos sempre aqui a missão de lembrar as pessoas o grande vocalista que é Blaze Bayley. Mais uma proposta acima do meramente sólida do vocalista dos Wolfsbane. Só para lhe chamar alguma coisa diferente, de vez em quando.
The Year Beyond This Year, Circle of Stone, A Day of Reckoning
Wolfsbane, Satan… Iron Maiden