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Fiáveis. E assíduos. Incapazes de nos deixar à espera muito tempo. Uns meigos, não estivéssemos a falar dos Cannibal Corpse, pais da mais hostil da violência musical. “Violence Unimagined” ainda ecoa e de que maneira. Deixou mesmo a sensação de que os Cannibal Corpse estão em alta e com uma relevância e pujança renovada e recuperada. “Chaos Horrific” tanto podia vir com uma tarefa fácil ou com uma pressão acrescentada.
É uma total submissão ao tal death metal “meat and potatoes” que melhor praticam, especialmente desde o “Kill.” Não são banda de variar assim muito, mas gostam que se saiba qual o disco que estamos a ouvir, isso mesmo na era Corpsegrinder – a era clássica com Chris Barnes tem tantas diferenças que até se pode considerar ainda uma procura de identidade, mesmo que só lá existam clássicos incontornáveis da música extrema. “Chaos Horrific” é mais do que um apêndice de “Violence Unimagined.” É o seu seguidor lógico, um irmão mais novo que vem com a mesma sede de sangue, para continuar a espalhar o mesmo pânico para ser tão ou mais perigoso que o anterior. Carrega um bocadinho no “mais,” mesmo que pareça que já não dá para fazer isso com a brutalidade da música da banda. Mas parece mesmo ser um pouco mais denso, um pouco mais conciso, um pouco mais directo e, vá-se lá saber como, talvez um pouco mais brutal. É possível que esse seja mesmo só ilusão causada pela novidade.
De produção e duração muito inteligentes, “Chaos Horrific” singra nas suas próprias limitações: é uma lição de death metal a não seguir muito à risca por outros, senão soarão demasiado a Cannibal Corpse. Inconfundível na pujança dos riffs, que muito naturalmente oscilam entre o mais simples e bruto e o mais técnico, e naquela ainda aterradora voz do adorável cinquentão que é o George “Corpsegrinder” Fisher. Que filtrou bem as coisas diferentes que gosta no seu álbum a solo, para que o ADN dos Cannibal Corpse fique intacto. As variedades estão bem escondidas, seja nas velocidades, – a estontear mais que thrasheiros ou com uma sova mais arrastada como a de “Blood Blind,” bem mais à “Evisceration Plague” – no groove quase à “The Bleeding” de “Vengeful Invasion,” ou nos riffalhões que ainda surpreendem como o de “Drain You Empty.” É o mesmo caldo nojento cheio de sangue, tripas, ossos, nhacos de carne humana carbonizados, dentes, bílis e mais qualquer coisa. Do qual estamos sempre a pedir mais, quais doentes e sádicos que estes cavalheiros nos tornaram.
Blood Blind, Chaos Horrific, Drain You Empty
Suffocation, Deicide, Severe Torture