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Muitos estamos ainda a aprender a lidar com a perda de Chris Cornell e a impossibilidade de, num regresso à normalidade que nos lembramos, o artista não poder fazer parte de um alinhamento de gente talentosa a cantar e tocar em palco. Mesmo que já lá vão mais de três anos. E agora, para lidar com todas essas emoções, chega-nos, de surpresa, uma colecção de várias covers na inimitável voz de Cornell. “No One Sings Like You Anymore.” Título mais apropriado não arranjavam.
Claro que não está aqui algo para ser genial, um disco a juntar às suas influentes obras com os Soundgarden, nem sequer algum que realmente siga os seus trabalhos assinados a solo. É uma prenda, aproveitando mesmo a data do seu lançamento surpresa e, baseado na sua carga emocional, apenas tem que se comprovar como mais que um mero cashgrab. Seria perigoso e podíamos estar aqui a falar de um monte de sobras que Cornell nem sequer pretendesse lançar ao público, mas há interesse neste “No One Sings Like You Anymore.” A curiosidade em conhecer os seus bem personalizados arranjos – todos ainda se lembrarão de “Billie Jean” – e o quanto possa surpreender uma lista de nomes homenageados como John Lennon, Janis Joplin, Electric Light Orchestra ou uns Guns N’ Roses, talvez um ponto alto nas boas surpresas deste disco.
Podem existir canções mais arockalhadas como “Jump into the Fire” e até algumas produções modernas com sensibilidades pop como “Get It While You Can” ou “Sad Sad City” que resultam e levantam o véu do que poderia ter sido um novo disco a sério de Cornell a solo em vida, mas o interesse acaba por nos ser puxado mais para as faixas acústicas, uma “Patience,” um arranjo de “Nothing Compares 2 U” que já conhecíamos na sua voz, “To Be Treated Rite” e até a soul de “Stay with Me Baby” de Lorraine Ellison, caso houvesse alguma dúvida em relação à versatilidade e adaptação da voz de Cornell. É nestas canções mais intimistas que realmente sentimos a intenção deste disco e onde realmente se captam as emoções. É como se estivéssemos pessoalmente com ele para nos despedir-nos. E deixar-lhe o título do álbum como dica.
Patience, Nothing Compares 2 U, Stay with Me Baby
Soundgarden, Audioslave, Temple of the Dog, caso não fosse óbvio