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Quase trinta anos de carreira depois e com três punhados de álbuns a influenciar o movimento gótico Europeu no metal extremo, os Alemães Crematory ainda seguem com força e sem travões. Por vezes a recorrer à frustração e crítica pública para promover discos e videoclips algo embaraçosos, mas com força. “Unbroken” chega após apenas dois anos de espera e pertence a uns Crematory que adoram o que fazem e impedidos e parados por nada. É mesmo sobre isso que se canta na faixa-título e tudo.
Não dá para situar a veterana banda actualmente sem fazer menção ao seu percurso, iniciado como uma banda de death metal que começou a inserir elementos industriais e electrónicos até criar a sua fusão única de metal gótico imediatamente associada ao grupo. Criaram alguns clássicos de culto na década de 90 e souberam dominar a seguinte com alguns bons discos de aperfeiçoamento dessa sua fórmula, como “Revolution” ou “Pray.” Mas como muita coisa que encontra o seu local de conforto, também acaba por estagnar e já faz um tempo que um novo disco dos Crematory seja verdadeiramente entusiasmante. O habitual está todo em “Unbroken,” tem canções memoráveis e até existem várias melodias fortes. Os guturais imediatamente reconhecíveis de “Felix” Stass dominam os temas até ao refrão de voz limpa do mais recém-chegado Conner Andreszka – que, mesmo com toda a sua competência, deixa sempre algumas saudades da voz de Matthias Hechler. O instrumental é o que já lhe associamos há um tempo, com riffs pesados muitas vezes ofuscados pela parte industrial que não se inibe de pender para uma electrónica mais dançável – ouça-se “I Am” e “Abduction.”
Tem tudo o que é Crematory e lhes deu uma base de fãs, e até se encontram aqui algumas malhas que relembrem algo que pudesse constar ali pelo “Pray,” como a faixa-título, “Awaits Me,” “My Dreams Have Died” ou a mais baladeira “Inside My Heart.” Mas já soa tudo um pouco pintado por números e não rouba qualquer atenção aos discos mais antigos, existindo malhas mas no meio de muitas faixas mais esquecíveis, – vindo de uma banda que conseguia fazer canções viciantes de princípio ao fim – que não justificam a sua longa duração que ultrapasse a hora. É Crematory familiar com material para agradar fãs, mas também com material batido para ficar esquecido.
Unbroken, Awaits Me, Inside My Heart
Theatre of Tragedy, Sentenced, Rammstein