//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Às vezes é mesmo para ir ao álbum das memórias. Lembram-se destes? Sempre berrantes e sem nos dar as certezas se eram para agradar a góticos, fãs de Rammstein ou fãs de Marilyn Manson. Andavam desaparecidos, com o último álbum a já contar quase uma década e talvez esse tenha passado com discrição por muitos. Os Deathstars, da Suécia. Mesma imagem, assume-se que a mesma sonoridade também. Dá-se aquele estalar de dedos ao lembrar realmente deles.
Nunca foram propriamente representantes de alguma coisa ou estiveram no topo de alguma cena, mas fizeram-se conhecidos por praticamente toda a gente. Algum seguidor da música pesada recordará com que disco o terão descoberto. Eram quatro, mas vamos apostar mais forte que terá sido o “Termination Bliss” ou o “Night Electric Night.” Ficaram intrigados com a imagem deles, ouviram, lá pensaram “este gajo tem uma voz estranha mas fixe” e o raio das músicas colavam-se ao ouvido. Qual quer que tenha sido o álbum da descoberta será aquele predilecto, naquele cantinho negro do coração. Nada o superará mas no novo “Everything Destroys You” há tudo o que esse tem, praticamente intacto. O regresso tem que ser aos velhos hábitos, com aquele som industrial grandioso e perverso, que até soa datado. Mas com charme.
Não há riscos. Mas também nunca houve. A peculiaridade dos Deathstars nunca se traduziu em muita originalidade quanto isso. O conforto de “Everything Destroys You” resulta assim mesmo. Com o seu habitual “cyber metal” mais contido, de sintetizadores que não têm vergonha de ser mais eurodance quando tem que ser, – “This Is” e a faixa-título como exemplos mais faroleiros – e um peso gótico provocador. Muito Rammstein, muito Stahlmann e, com uma Eurovisão ainda recente, já muito Lord of the Lost também. E claro, um refrão bem gordo, que ter esta voz ridiculamente grave a cantar-nos melodias dentro da cabeça o resto do dia sempre foi o seu forte – “This Is,” “Everything Destroys You,” “Between Volumes and Voids” a apresentar-se como uma prima da “Blood Stains Blondes” e a taradona da “An Atomic Prayer” servirão como destaques. Tão produzido, previsível e seguro como talvez não devesse ser. Mas os Deathstars não querem enganar ninguém. E como, realmente, tudo nos destrói, desfrutemos de umas malhinhas destas que o açúcar em excesso faz mal mas também sabe bem.
This Is, Between Volumes and Voids, An Atomic Prayer
Lord of the Lost, Gothminister, Rammstein