//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
Quem diria que a segunda metade do percurso dos Destroy Rebuild Until God Shows tinha, em si, uma segunda metade. Parece que não nos ocorreu a cena da brincadeira com o título, chega agora a segunda metade para um disco que podia realmente ser apenas o siamês do antecessor, mas nem perto disso. Fica a questão se os obstáculos que impediram que esta revitalização do projecto de Craig Owens fosse mais notória estão aqui à vista.
Surgidos no já tão longínquo início da década de 2010, surpreenderam com a sua capacidade para hooks e agressividade na voz do talentoso Craig Owens que encontrava ali o veículo para se afastar dos seus Chiodos, esses já por si bem mais uma banda de culto do que uma coqueluche do boom do emo. Foi sol de pouca dura, voltou à antiga banda, também já cessou actividades por aí e ficaram vários estatutos confusos. Porque também já não havia muito acompanhamento. Como parece não ter havido assim tanto hype para o anterior “Destroy Rebuild,” surpreendente regresso. Não conseguiram apanhar boleia dos revivalismos do metalcore ou do pop punk. Estavam demasiado no meio dessas duas coisas e ficou um hype morno que não favoreceu a antecipação para este “Until God Shows.” Ouve-se o esforço: novos elementos e adaptações contemporâneas para situar verdadeiramente o disco em 2024.
Enquanto o foco for o mesmo – os mais pegajosos refrães e a voz de Owens – temos o principal. Depois pode ser preciso um processo de habituação – ou não, pode entrar de imediato – aos novos elementos electrónicos, a um peso mais carregado nos riffs que aproxime do metalcore mais chuggy, e umas brincadeiras com outras coisas, como o nu metal em “Crawl from Under” – onde Owens veste a pele de um Mike Shinoda, não fosse o diabo tecê-las e ainda o convidavam a substituir o outro – e outras coisas que revelam que esta malta deve andar atenta a muito do que se faz agora, até à Poppy, para uma diversão como a de “STEEL.” Felizmente, não são excessos nem estorvos e até mantêm o álbum bastante breve para não esticar muito. Uma aventura não tão aventureira e que até é comparável a experiências que já tenham feito os The Used, mas que ainda soa aos D.R.U.G.S. e procura forma de recuperar alguma atenção sem sacrificar nada. Que a ausência de palíndromos engraçados nos títulos das canções seja a única coisa de que se sinta falta.
It Follows, Hunger Pangs, Losers Stay Losers
Chiodos, The Used, Silverstein