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A malícia dos Destruction já nasceu há umas boas décadas. Mas parece ainda haver frescura nestas lendas do thrash teutónico para nomearem o seu décimo-sexto álbum de “Birth of Malice.” Tal como o atrevimento de apresentarem uma faixa auto-intitulada agora, como se ainda se estivessem a apresentar. Uma banda que já provou tudo o que tinha a provar.
Mas eles sabem-no. O que não querem é dar a entender que também já deram tudo o que tinham a dar. “Birth of Malice” não tem um único riff, um único verso cuspido por Schmier, que procure inventar ou reinventar o que seja. O thrash que lhes associam, é o que aqui está. A mistura da diversão com o cinismo a acompanhar a velocidade dos riffs. E também esses não são propriamente assim tão criativos. Mas são bons, eficazes, com atitude e enganam quanto à idade deste agora quarteto. Claro que, olhando a títulos como “Cyber Warfare,” “Scumbag Human Race,” “A.N.G.S.T.,” “Evil Never Sleeps” ou, admitamos, todo o disco, pode mesmo parecer que foi pedida a uma inteligência artificial para recriar um disco de thrash típico. Mas para isso “criar,” lá precisaria das suas referências e não dá para saltar a dos Destruction. Tudo o que aqui repetem, fazem-no por direito.
Distraem ao fazer abanar cabeças antes de notarmos que “Birth of Malice” realmente não tem algo de especial. Concorre bem com o thrash de hoje em dia, não chega aos próprios clássicos, mas satisfaz. Como se prestassem tributo a si próprios, – e até às suas referências, como sugere uma versão de “Fast as a Shark”, considerada um dos primeiros temas de thrash a sério por aí – e aceitassem que só têm que ser eles próprios. Inovador? Longe disso. Mas mais um remate certeiro numa discografia impecavelmente consistente? Se, tal como eles, fizermos de conta que o “The Least Successful Human Cannonball” não existe, sim. Com certeza.
No Kings – No Masters, Scumbag Human Race, Greed
Sodom, Kreator, Tankard