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Até pode estar em tempo de nortada e de um bem sobrevivente hype à volta da série “House of the Dragon,” que ainda não temos dose suficiente de dragões e cabelos ao vento enquanto não tivermos um power metal daqueles. Dos que não têm medo dos seus excessos. Melhor ainda se for alguém com tanta noção e capacidade de ser tongue-in-cheek como os Dream Evil, que já há uns bons sete anos que não nos mandavam para o campo de batalha com a espada em riste. Venham daí esses “Metal Gods,” então.
O ego deles ainda não disparou para essas alturas – adequado ao estilo, diga-se. Os “Metal Gods” são outros, que a faixa-título é uma carta de amor aos seus ídolos: Judas Priest, Iron Maiden, Saxon e Manowar são nomeados. Celebra-se praticamente terem-se tornado homens quando descobriram os mais clássicos dos seus discos. Que exista alguém que lhes faça o mesmo, em relação ao “Dragonslayer,” então. Clássico de estreia ao qual remontam muito aqui em “Metal Gods,” afinal. Não é só o título “Chosen Force” que traz lembranças, logo ao começar faz lembrar o hino “The Chosen Ones.” E caímos naquela realidade de que os Suecos nunca se afastaram disso e são bem capazes de ameaçar, acompanhados de toda uma cavalaria, quem sugerir que se movam um único milímetro além deste power metal Europeu de sempre, over-the-top e viciado em fantasia e no medieval.
Já escreveram o proverbial “Book of Heavy Metal” mas não vêm impor muito. São eles meros cavaleiros e guerreiros a defender o seu heavy metal, com a garra com que cantam “Lightning Strikes.” Constantes referências a si próprios e aos seus já citados ídolos, – “Night Stalker,” por exemplo, é do mais Judas Priest que poderiam fazer – e com alguns travões em relação a alguns congéneres: não têm sintetizadores, logo não se afogam nesse azeite e há aqui peso, coisa que falta em muito power metal – o riff de “Fight in the Night” manda abanar a cabeça e mais nada. Suficientemente auto-conscientes para poder haver algum humor ao encarar isto, – mesmo não tendo aqui uma “The Ballad!” – são um balanço mais saudável para quem achar que a paródia dos Nanowar of Steel já é demasiada, e para quem ainda não se apercebeu que os Gloryhammer também não são a sério. Vamos lá buscar as armaduras e partir para a batalha/borga que um álbum como “Metal Gods” até é saudável. Porque, por muito cuidado que tenhamos com o equilíbrio na nossa alimentação, lá vem aquela ocasião em que simplesmente abusamos no queijo.
Metal Gods, Fight in the Night, Masters of Arms
Hammerfall, Primal Fear, Manowar