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E “Light Codes” ainda não nos deixa pousar na Terra. E o melhor é que já nem precisa dessa introdução para situar. Os Earth Drive já se começam a tornar veteranos na cena, já começam a dominar esta psicadelia cósmica. Já não surpreenderão muitos ainda à espera que esteja aqui uma mera obra de space rock corriqueiro. Já é sabido que os Earth Drive são mais do que isso. E, no entanto, ainda cabe tanta evolução.
O seu rock psicadélico realmente é dos que nos faz olhar mais para as estrelas do que para algum caleidoscópio alucinatório. Até porque um bom local para se observar o infinito dos céus é numa área deserta. E muito do bom stoner vive aí no deserto. São esses os principais alicerces da música dos Earth Drive, que parecem estender aqui neste “Light Codes” duas vertentes que deviam ser opostas. Sente-se uma maior acessibilidade. Também é capaz de ser o disco mais pesado que já editaram até agora. Como se faz isso? Perguntem-no a eles. Ou então deixem-se imergir. As melodias vocais e os riffs densos já devem responder a algumas perguntas.
Para disparatarmos um pouco, tomem exemplos de referências que talvez não tivéssemos pensado antes. “Psychoid” e “Four Levels of Consciousness” são uma novidade no nosso imaginário: ainda não tínhamos pensado nos efeitos de levar os Alice in Chains ao espaço. E, se “The Bridge” até é uma exemplar e prototípica canção de stoner, quando o peso aumenta e os riffs carregam mais, imaginamos um universo paralelo onde os Melvins até são uns miúdos agradáveis. E como tais comparações não devem estar a ajudar assim tanto, ficamos por aqui e deixamos que seja a música dos Earth Drive a falar por si. Como costuma ser sempre e como é melhor. Podemos resumir, voltando ao ponto da evolução nas duas extremidades: “Light Codes” pode ser o disco mais pesado dos Earth Drive ao explorar mais a parte doom do stoner; tem do seu mais viciante nas melodias de Sara Antunes, cuja voz faz demasiada diferença e é demasiado marcante para ser apenas uma cereja no topo do bolo. São uma banda completa mas irrequieta. Sabemos, mais ou menos, com o que vamos contar, mas não sabemos bem as voltas todas que vamos dar.
True Passage into the Void, Four Levels of Consciousness, Home
Mammoth Weed Wizard Bastard, Baroness, Brume