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Ali para os lados do Porto devia sentir-se que as coisas andavam muito calminhas e faltava alguma poeira no ar movida a moshada. Ou então encarou-se esse clima como motivação para os Equaleft voltarem aos discos e pouparem nos travões. “Momentum.” Bom título. Já que não parece ter havido qualquer quebra nisso nos cinco anos que separam os registos dos Equaleft e em festa de vinte anos de carreira.
A fusão de groove, técnica e melodia já é conhecida. Tanto por parte dos Equaleft como pelo mundo fora e com muita grande referência cá dentro. É um estilo muito straightforward, sabemos logo para o que vamos, mas a banda não deixa que isso os amarre. Pelo contrário, é uma base que os ajuda, que a partir dessa fórmula, enquanto a conseguem fazer resultar, podem apenas concentrar-se no “mais.” Mais pesado, mais selvagem, mais denso… Com mais groove ainda? Parece que sim. Ainda se acentua mais essa parte e aqui os riffs roncam o seu tom mais grave. Djent? Não precisamos de recorrer a palavrões. Uns riffs assim no clímax, como em “Wavering,” a fazer lembrar quando os Deftones se metem nessa brincadeira? Continua a ser um esticão, mas já é uma referência que dê para pegar.
Mas não, não ficaram atmosféricos, o foco é ainda em colocar estas camadas e densidade sobre o seu thrash gingão de língua afiada. Não dá para descolar da referência Lamb of God, mas isso diz mais sobre o legado dos Norte-Americanos do que de qualquer dos seus seguidores. Gang vocals e breakdowns a rodos mas sem que os temas percam qualquer nexo com isso, e a permitir outros destaques como o fantástico trabalho de bateria – “Differ” como exemplo para partir isto tudo. Sim, ainda é um estilo dominante cá por nossas terras mas já se nota que a catadupa já foi maior noutros tempos. E, se o campeonato agora parece ter as primeiras posições sempre disputadas ali pelos Revolution Within ou Switchtense, os Equaleft querem atacar e não pensam contentar-se com os lugares da Liga Conferência.
Wavering, Here & Now, Differ
Machine Head, Revolution Within, Lamb of God