Um dos lados negros do hype é que há sempre ali uma legião mais cínica que praticamente deseja a queda. E o hype à volta dos Escuela Grind levou-os a um improvável estrelato que imediatamente causou reacções mistas: tanto eram bem-vindos como um dos mais promissores presentes/futuros da música extrema acelerada, como eram renegados como um “flavor of the week” sem substância. Para seguir “Memory Theater,” não se quiseram deixar encurralar e mudaram algumas coisas para o novo “Dreams on Algorithms.”

Tomaram algumas opções estilísticas que podem procurar amadurecimento e outros métodos de escrever canções. Arriscaram. E é possível que tenham ficado um pouco menos interessantes. Continuam a manter tudo no seu estado mais bruto mas trocaram o grindcore desenfreado e os travos de powerviolence por um pouco mais de acessibilidade, canções mais longas, maior influência juvenil de deathcore e metalcore e a dar num death metal ainda veloz, bastante musculado na mesma, mas polido com um brilho diferente. Katerina Economou mantém um impressionante registo vocal e até atira ali um registo limpo na “Turbulence.” Tem resultado imediato mas falta saber se tem efeito duradouro.

Talvez alguns puristas do grind que não os aceitassem anteriormente preferem que eles andem por estes caminhos – e uma colaboração com Vincent Bennett dos The Acacia Strain até podia servir de indicativo de onde coubessem eles “melhor,” se não contassem eles já com uma anterior colaboração com um tal Barney Greenway. E talvez o plano fosse sempre esse, introduzido pelos títulos dos EPs que antecedem cada longa-duração. E, mesmo com malhas muito bem conseguidas como “DOA,” “Always Watching You,” “Concept of God” ou “Toothless,” haverá trabalho para convencer de que realmente não foram sempre uma banda de “mallcore” disfarçada. “Dreams on Algorithm” ainda é um disco de death metal modernaço mas sólido, e deixa a porta aberta para muita coisa: para um amadurecimento ou para algum EP intitulado “DDEEAATTHHCCOORREE” e para uma conformista descida de qualidade.