//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});
O thrash está mesmo de volta! E podemos remexer pelo meio de bandas novas que até se encontra muita coisa de valor e recriações fiéis e fiáveis daquela raiva punk que invadiu o metal no início da década de 80, mas é mesmo aos velhos que mais vale a pena recorrer. Agora temos mais um petardo em mãos, que até podia ser dos Overkill, mas é dos Exodus, aqueles tais “quintos” dos “Big Four.” “Persona Non Grata” é já o décimo-primeiro álbum de uma banda lendária com muito a contar e, felizmente, não é um título que os defina ou ao álbum.
Sete anos de espera e um processo conturbado, já iniciado também há um bom punhado de anos, atrasado e atrapalhado por um pouco de tudo, desde as contribuições de Gary Holt na digressão final dos Slayer, àquele maldito vírus que causou estragos a toda a gente. Condiz com a própria banda e o seu historial de alinhamentos rotativos – de lembrar que foi aqui que um tal de Kirk Hammett, nome familiar a alguns, começou a pedalar. É o segundo disco com Steve “Zetro” Souza na voz desde o seu regresso, já aqui mais do que bem readaptado e a injectar uma importante dose do veneno que “Persona Non Grata” expele sobre nós, além da óbvia memória dos seus antigos tempos na banda. Com uma voz arranhada à Udo Dirkschneider e que inevitavelmente nos leva a Bobby “Blitz” Ellsworth. E as analogias aos Overkill não se vão ficar por aí, isso num bom sentido.
Diferem na medida em que não dá para apontar exactamente o seu “Ironbound” – terá sido o regresso em “Tempo of the Damned,” após as tão controversas experiências num “Force of Habit” que colocou a banda em hiato discográfico por mais de uma década? E também têm várias fases, mas de diferente aclamação. “Persona Non Grata” reforça, a todo o gás, em cada veloz riff, a ideia do thrash old school, sem apresentar indícios do músculo moderno que se podia encontrar, por exemplo, em “The Atrocity Exhibition,” por si já um grande disco. Uma faixa-título a entrar a rasgar, a tal roupagem Overkill-esca de “Slipping into Madness,” o esgar maldoso do refrão de uma “Elitist,” a influência exterior do solo de uma mais tenebrosa “Prescribing Horror” e a atenção ao redor numa canção tão óbvia e directa como “Clickbait.” O thrash veio mesmo para ficar e não é porque uma redacção disse ou aquela banda de miúdos plagiadores disse que o vinha fazer. É mesmo por termos grande disco após grande disco, vindos dos veteranos que ainda sabem fazer isto melhor que ninguém. Juntemos os Exodus, que estavam lá no berço do thrash, ao prestigioso grupo e “Persona Non Grata” àquela especial estante que já deitou abaixo muita da restante mobília.
Persona Non Grata, Slipping into Madness, Elitist
Overkill, Slayer, Sodom