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Se o underground nacional é um luxo hoje em dia, onde não nos falta qualidade, também o deve a algumas bandas que foram desbravando o caminho. Foi há quase três décadas que os Filii Nigrantium Infernalium saíram de algum portal, vindos dos quintos dos Infernos para trazer a podridão a terras lusas. E fazem-nos sempre esperar, como fizeram para este “Hóstia”, num intermédio de tempo que não foi em vão.
Num ritmo oposto ao dos seus contemporâneos Decayed, – que regularmente lançam lições de como fazer black metal tão cru quanto ele foi concebido – os Filii Nigrantium Infernalium fazem valer cada espera e dão-nos petardos que nos deixam suficientemente atordoados para que realmente seja necessário algum tempinho de recuperação. Também o grupo liderado por Belathauzer sabe dar lições, com as suas de Hellhammer e Venom bem estudadas. Mas ensina como criar uma identidade com a junção de black, heavy e thrash metal, abordados da forma como nasceram, com uma voz inconfundível e malhas com tanto de ruídoso, catchy e virtuoso. Nunca quiseram ser uma banda comum.
A blasfemar na língua de Camões, com disparidades estilísticas do black metal mais cru próximo da segunda vaga, ao heavy metal tradicional que bebe a uns Iron Maiden ou Accept – a faixa-título é das melhores malhas de heavy metal que vão ouvir. De sempre – e uma atitude inigualável. Dão-nos um tremendo disco com malhões de honrar o grande chifrudo. Tomemos esta hóstia, então.
Pó, A Morte É Real (Para Já), Hóstia
Hellhammer, Venom, Decayed