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Até é de admirar que uma vocalista tão consagrada e de currículo tão vasto e variado como Floor Jansen lance apenas agora o seu primeiro álbum a solo. Mas veio na altura certa. Após conseguir integrar-se na frente de uma banda de enorme dimensão e admiradores ferrenhos, especialmente depois de parecer haver uma porta giratória ali no posto da vocalista, experienciar a maternidade e superar um cancro, parece boa altura para “Paragon.” Talvez a única coisa que lhe faltasse fazer musicalmente.
Dado esse background na vida pessoal e profissional, claro que “Paragon” será aquele disco muito introspectivo. Intimista até. E com abertura para algum desapego musical. Floor já provou cantar qualquer coisa, a sua voz é o mais obsoleto de se comentar aqui nesta avaliação abstracta da qualidade do álbum, portanto aqui pode fazer algumas experiências. E permite-se ficar mais pop do que nas bandas que a tornaram famosa. Continua tudo com arranjos orquestrais – nem perto das excentricidades épicas dos Nightwish – mas com canções acessíveis. Não há o risco da alienação, há aqui para serem as canções pop favoritas do metaleiro que gostava mais dela nos After Forever, e para serem das canções mais pesadas para o fã de pop.
Há balanço e variedade. A pop contemporânea, com algo de Sia, sente-se logo em “My Paragon,” mas também há o minimalismo baladeiro de “Daydream,” uma abertura ao peso muito mais contido das suas bandas em “Come Full Circle,” um espiritualismo à Jeff Buckley em “Hope,” e uma calma provocadora mais de uma Tori Amos em “Me Without You.” Uma experiência agradável para quem Floor convida a entrar no seu íntimo, quer para se rever na sua experiência de vida ou adaptar. Tem que chegue para agradar a fãs de Nightwish, After Forever, ReVamp, e todo o lado onde a Holandesa tenha colaborado. Sem impor algo que venha dizer que a sua vida e carreira agora é isto. Há curiosidade no simples e Floor Jansen é das melhores e mais reconhecidas cantoras daquela onda invasiva do metal sinfónico de entrada para muitos e muitas por alguma razão.
My Paragon, Come Full Circle, Me Without You
Anneke van Giersbergen, Liv Kristine, My Indigo