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Um longa-duração de estreia, este “Hubris.” Entusiasmante sempre, olhar para o futuro promissor de uma nova banda nacional. Nada disso, na verdade. É o primeiro longa-duração que chega finalmente a nós. Este colectivo de Vila Nova de Famalicão já se anda a chamar Godiva e a enfeitiçar palcos há quase 25 anos, com demos e EPs para mostrar na primeira década deste século. A seguir uma paragem e agora a prenda que esperávamos.
“Hubris” até é um cartão de apresentação muito simples. Diz-nos logo o que os Godiva fazem. São 45 minutos de death metal sinfónico, mais voltado para o melódico da Suécia e sem tornar isto um enxoval gótico de orquestrações em demasia. A voz remonta mais a uns Amon Amarth, com um pouquinho de Crematory também, a sinfonia lembra mais os Dimmu Borgir. O resultado final é bem mais contido que aquilo que conheçamos de uns SepticFlesh ou Fleshgod Apocalypse, mesmo com semelhanças inevitáveis. É chato, mas tem que ser, ainda tem que se recorrer muito às referências, enquanto os Godiva vão estabelecendo o seu caminho, limar as arestas que tenham a limar e começar a ter bandas comparadas a si. “Hubris” cumpre em prometer-nos um bom futuro.
Como a intenção não será andar sempre atrás das referências, colocam sobre a mesa as propostas que nos façam voltar a eles: seja o mais simples e evidente que é a força das malhas, sacar de um bom refrão sem açucarar isto, ter um épico mais heavy para impressionar como “Dawn” ou uns chugs de abanar cabeças como o de “Black Mirror.” Ou o que é mesmo de aplaudir, que é a mistura e produção inteligente. O sinfónico está mais contido do que em muitos discos de experientes veteranos que insistem em chegar essa parte à frente e a sobrepô-la a todo o peso. Aqui faz o devido acompanhamento, mesmo com um início tão cinemático como o de “Death of Icarus,” todo este embelezamento é cuidado. Se calhar até vamos por aí, os Godiva já podem ser uma referência de como fazer isso. E também já têm um muito bom argumento para nos manter a atenção e fazer-nos pedir-lhes que não nos façam esperar mais 24 anos por um sucessor.
Death of Icarus, Black Mirror, Godless
SepticFlesh, Dimmu Borgir, Amon Amarth