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Quando o folk metal pegou moda há uns anos atrás, havia, em cada canto, uma banda a misturar peso com um bailarico pagão, ao ponto de atingir a saturação e se tornar cada vez mais difícil levá-los a sério. Pelo meio existiam os Heidevolk, que apesar de terem a sua própria identidade nunca foram propriamente capazes de se chegar “à frente” e marcar uma posição representativa no género.
Com o tempo e a moda a passar, os Heidevolk continuaram a tentar mas a qualidade dos discos estava em declínio e os seus membros constantemente em rotação. Daí que o novo “Vuur van Verzet” nos pareça chegar agora com uma missão mas pouca expectativa.
Os factores que sempre caracterizaram a banda estão lá. Uma sonoridade que proporciona uma viagem geográfica e temporal a uma Europa do Norte repleta de bárbaros. Tudo bem representado pelos vocais duplos, principal marca dos Heidevolk, e pela predominância da língua materna. Os instrumentos folclóricos tradicionais não falham, mesmo que não abusem deles, impondo-se até num tema como “A Wolf in My Heart”, raridade em Inglês e um dos destaques do disco. A supremacia das guitarras e dos riffs é procurada, mas só ganha verdadeira pujança num tema como “Britannia”. A verdadeira ambição por um tema épico vai aparecendo em algumas faixas como “The Alliance” ou “Gungnir”, com mais elementos, emoções em crescendo e uma orquestração a juntar à instrumentação folclórica.
Umas malhinhas boas aqui e ali, espalhadas pelo disco, suscitam algum interesse, mas não o impedem de ficar a arfar pouco depois e perder força. É um álbum suficientemente competente e satisfatório para fãs do género, mas também não está em “Vuur van Verzet” uma boa razão para que os Heidevolk saiam da sombra ou recuperem alguma relevância dentro ou fora do folk metal.
A Wolf in My Heart, Britannia, Gungnir
Cruachan, Equilibrium, Gwydion