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A desconfiança já estava instalada e é sempre uma coisa tramada. Já há muito que os In Flames alteraram a sua sonoridade. O pecado não está aí, é para o quão genérico e aguado mudou. E depois enganam-nos como fizeram com o “I, the Mask,” a prometer com uns singles que afinal chafurdavam num lodo de mediania. Não queríamos cair na mesma esparrela com os singles de “Foregone,” já estamos treinados a suspeitar. E foi da maneira que o álbum soube ainda melhor.
Porque desta vez é a sério, não é falso alarme. Os In Flames estão de volta com o seu melhor disco em anos. Mas não é feito com um retorno cego ao death melódico puro que praticavam no “The Jester Race.” Isso seria dar passos atrás e teria que ser feito à força. Na verdade, funde na perfeição tudo o que já souberam fazer até agora, desde o death metal melódico com mais garra, ao metal alternativo mais comercial e americanizado que alienou alguns fãs. E assim soam o seu mais natural em muito tempo. “Foregone” é a recompensa pelos tiros ao lado que têm marcado mais de uma década. Quase podem dizer que foi de propósito e estavam a treinar para isto. A fusão ajuda à escrita das canções, à performance eclética de Anders Fridén e a reencontrar os pontos fortes na sua faceta mais moderna. Porque não foi por se voltarem para um metal mais acessível e juvenil que ficaram maus, ainda grandes discos como “Come Clarity” ou “A Sense of Purpose” saíram daí. E malhas daqui como “Meet Your Maker,” “Bleeding Out” ou “Pure Light of Mind” podiam constar nesses trabalhos.
E ainda há uns temas fortes como “State of Slow Decay,” “The Great Deceiver” ou ambas partes de “Foregone” que realmente se deixam encher mais por aquele death de Gotemburgo e já são dignas de fazer frente a uns bons temas feitos por malta que nunca lhe perdeu o jeito, como os Dark Tranquility. Sem se encontrar perfeição, encontrou-se um óptimo balanço, um bom cartão-de-visita para tudo o que os In Flames já foram fazendo e um prémio pela persistência. Já dá gozo antecipar um próximo álbum dos In Flames, não dá?
Meet Your Maker, Foregone, Pure Light of Mind
Dark Tranquility, At the Gates, Soilwork