In Flames

I, the Mask
2019 | Nuclear Blast, Eleven Seven Music | Metal alternativo, Death metal melódico

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Já nem se sabe bem o que se quer dos In Flames a cada novo disco, desde que não seja o seu estado mais recente. Com últimos álbuns tão abominados, até já se duvida se ainda se pede um verdadeiro regresso à raíz da década de 90 ou se já ficarem por algo mais recente ali por alturas do “Come Clarity” ou do “A Sense of Purpose” já era bem bom e até ideal.

Passaram imensos anos desde aquele histórico “The Jester Race” e eles já são uma banda de metal alternativo moderno melódico por mais tempo do que o foram de death metal melódico, logo já são mais uma banda que já fez uns discos de melodeath antigamente, do que uma banda do dito género, que mudou. Mas sabemos quem são os In Flames, como banda. O novo disco “I, the Mask” sabe? Parece que não. Manhoso, apresentou-se com potencial, com uns singles a remontar àqueles já aqui enumerados discos da década passada, com os riffs no sítio, com a voz de Anders Fridén no ponto, com melodias realmente cativantes. Tudo para nos enganar, os sacanas. É que até podem manter o sentido melódico bastante apurado – há temas como “Call My Name,” “Follow Me,” “We Will Remember” ou “All the Pain” que, com resultados diferentes, soam a algo que poderia estar nos últimos discos dos Bring Me the Horizon – e ter canções com a pujança certa a abrir mas, não deixam tardar muito e a coisa já está a descambar. Quando entram os gang vocals juvenis de “(This Is Our) House” já está uma mão na testa e não há volta a dar. Farta-se de espernear num mar de desinspiração, a soar a sobras do paupérrimo “Battles” até culminar em “Stay with Me,” uma baladinha melosa da qual nem vale a pena dizer muito.

Todos os temas até podem ter refrães eficazes e catchy, o bom gosto deles é que varia de tema para tema – e, claro, de ouvinte para ouvinte – e indica que os In Flames possam estar contentes como uma banda de pop rock mais agressiva. Mas os bons rasgos de groove a remontar a uma época 2006-08 até nos dá a entender que se calhar até gostavam de dar uma perninha a esse passado mais recente para trazer um disco bem mais forte. É o que se conclui the “I, the Mask”: nem os próprios In Flames sabem para que lado se virar.

Músicas em destaque:

Voices, Call My Name, I Am Above

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sobre o autor

Christopher Monteiro

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