Não é tarefa fácil classificar os Kataklysm ou arranjar-lhes um público típico. Muito brutais para melodeath, muito melódicos para serem brutais. Soam demasiado modernos para serem uma banda de death metal old school, muita garra visceral da velha guarda para serem uma mera banda de groove metal moderno. Mas vão mais de 25 anos de carreira e “Meditations” é já o 13º disco. É porque anda a resultar.

Vai-se a ver e o que eles têm é um som próprio. E com as suas habituais características e fusões têm a sua fórmula, que até nem parece uma que tenha muito espaço de manobra para criar assim tanta coisa diferente. Mas é a sua fórmula e, enquanto lhes resultar, não lhe pensam mexer muito. Trazem as suas malhas directas cheias de groove, virtuosismo q.b. e muito riff que podia ser sueco, sem dispensar algum ou outro mais cortante ou mais thrasheiro, que faça dar mais corda ao pescoço. Um álbum breve e bem produzido – talvez o seu mais polido até agora – que segue o manual de instruções de como tocar à Kataklysm.

Honesto e despido de qualquer falso pretensiosismo ou intenções de reinventar a roda ou dar um passo maior que as pernas. Até se poderão encontrar álbuns mais ricos que este “Meditations” na sua já bem vasta discografia, mas há aqui malhões suficientes para se ter em conta. Se agrada a fãs daquele som ou a seguidores daquela cena? Ainda não se sabe, mas fãs dos Kataklysm vão muito bem servidos.