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A falta que sentíamos dos Katatonia, nos três anos entre este “Sky Void of Stars” e o anterior “City Burials.” Se não contarmos a sua regular presença com alguma compilação ou álbum ao vivo. É, os Katatonia parecem ter medo de que alguém se esqueça deles. Estão sempre aí. E a gente perdoa porque lá que pareçam uns chatos por isso, têm uma discografia que chega agora à dúzia e nos dificulta a procura do mau ali do meio. Não é fácil encontrar o elo mais fraco.
Claro que haverá preferências por fases. Se os Katatonia têm aqueles álbuns confortáveis de fórmula já feita pelo meio, é porque estão a meio de um caminho, antes de nos trocarem as voltas. Esta malta já berrou desalmadamente em música death doom altamente depressiva e já soube transitar para um metal mais suave e alternativo, de farda melódica. Altamente depressivo, sim. “Sky Void of Stars” podia continuar a expansão mais progressiva de “City Burials” e realmente tem tudo que indica que é o seu seguidor. Mas vai buscar mais dos outros Katatonias que já foram. Sem a pretensão de querer superar o clássico contemporâneo que é “The Great Cold Distance” ou o seu seguidor cheio de músculo capaz de tornar o ser gógó fixe outra vez, “Night Is the New Day.” São os Katatonia no seu mais embalador. A explorar a veia progressiva dentro de canções de estrutura mais simples.
O foco na melodia já é fixo. E a voz de Jonas Renkse, o protagonista. Por fantásticos que sejam os primeiros discos, dos tempos da gritaria, é pelos talentos melódicos e capacidade de pintar tanta paisagem cinzenta com ela que “The Great Cold Distance” pode ter mesmo do seu melhor trabalho. “Mas a “My Twin” é só uma balada emo com power chords no refrão.” Pois é, mas é um espectáculo e um malhão assim mesmo como é. “Sky Void of Stars” tem mais canções dessa marca, sem se ficar pelo tão simples e recorrendo a novas ajudas surpreendentes como os sintetizadores – que por vezes são o esqueleto, como em “Birds.” Que precise de mais algumas audições para que realmente todos os temas se tornem memoráveis, que seja. Vale a pena cada rodagem. Nada que nos entristece nos deixa tão alegres como mais um novo disco dos Katatonia.
Opaline, Birds, No Beacon to Illuminate Our Fall
Paradise Lost, Anathema, Ghost Brigade