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Está tudo de pantanas, as pessoas são estúpidas, e somam-se pouquíssimas razões para sermos optimistas. Quem bem o sabe são os KEN Mode, os contabilistas mais furiosos do mundo.
Três anos volvidos desde o esgotamento nervoso patente em Success, e parece que o tempo em nada atenuou a cólera dos canadianos. É tão fácil perceber porquê que nem vale a pena enumerar factos — abram o Facebook, ou olhem com atenção para vocês e para os vossos amigos e talvez percebam.
Curto e grosso, Loved devolve-nos os KEN Mode mais imbecilzinhos que já escutámos. E que saudades que tínhamos do seu escárnio irritante — agora, sim, com o noise-rock entranhado até à medula, e devidamente maturado. Ser do contra é uma questão de honra — o quê? Honra? lol.
Sim, há um saxofone. Sim, os riffs são brutos que dói, e sim a voz do Jesse continua de uma impertinência irrepreensível — uma falta de respeito à antiga num sítio onde impera o desprezo pelo conformismo. Loved marca o culminar das investidas que os KEN Mode vêm fazendo desde que começaram a explorar a arte de materializar fúria em fita magnética, e coloca-os no Olímpo, junto de outros — como os Converge, os Neurosis, e por aí fora — que souberam experimentar e dar a volta às gaiolas dos géneros em que os queriam manter cativos e sossegados.
O disco que faltava para se conseguir lidar com este Verão insuportável.
Learning To Be Too Cold; This Is A Love Test; No Gentle Art
The Melvins, Converge, Birds in Row