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“PetroDragonic Apocalypse” é o nome abreviado que vamos utilizar para nos referirmos a este novo trabalho dos King Gizzard & the Lizard Wizard. Pasmem, é o primeiro deste ano, foi preciso esperar até ao Verão! Já sabemos que falamos de malta doida, profícua como mais ninguém e que conta, com este, 24 álbuns. Isto quando muitos de nós – sim, primeira pessoa, há aqui um reconhecimento da direcção em que os dedos estão apontados – até desconfiam quando as fendas entre álbuns é muito curta. É sinal de pressa. E parece que nem digerimos totalmente o anterior.
Mas há bandas e há os King Gizzard & the Lizard Wizard, a marimbar-se completamente para isso e para muitas mais coisas. Se calhar nem sabem bem o significado da palavra “inspiração,” simplesmente fazem as coisas e elas saem. Com uma espontaneidade incrível, é verdade, mas também com a sua precisão. E têm tempo de andar na estrada, sim. Agora, o que está reservado para o novo “PetroDragonic Apocalypse,” disco pelo qual esperámos uns escandalosos nove meses? Ao que parece, um conceito de humanidade e Terra a ir com os porcos. Parece assunto recorrente. Mas, além disso, também tem – e aqui citamos o próprio Stu Mackenzie – “witches, dragons and shit.” Se calhar é seguro dizer que já estamos conquistados. Então podemos revelar a outra surpresa. É um regresso a uma experiência que fizeram uma vez, que correu bem, e que lá terão achado graça. Dêem as boas-vindas de volta aos King Gizzard em modo thrasheiro!
Continua a experiência positiva de “Infest the Rats’ Nest” e continua a ser inconfundivelmente King Gizzard. O psicadelismo dreamy que os caracteriza noutros lançamentos – todos eles de cores e linguagens diferentes, mesmo assim – volta a descansar para dar origem a um thrash metal de origem, nos riffs. As estruturas das canções é que não vos lembrarão qualquer um dos “Big 4,” é aí que o ADN da banda está mais à mostra. É tão baseado em jams como o “Nonagon Infinity” ou o “Flying Microtonal Banana” e detectamos logo quem são os responsáveis por todas estas melodias repetitivas com refrães tão simples e divertidos como os de “Converge” e “Gila Monster.” Riffs velozes mas assentes num metal mais clássico, como se os Metal Church se quisessem meter na aventura da sua vida, e uma inevitável roupagem progressiva por todo o álbum, dada a nada ortodoxa forma de compor da banda; “Flamethrower” podia ser dos Mastodon, se eles tomassem qualquer coisa fora do seu habitual regime e chamassem os Voivod para a trip. A experiência vai a meio, que já nos disseram que haverá álbum complementar a seguir o conceito, mas com sonoridade totalmente oposta. O que esperar? Nem ideia. É sempre assim com os King Gizzard & the Lizard Wizard. Costumam vir, muitas vezes, grandes discos, isso sim. Como este!
Supercell, Gila Monster, Flamethrower
Voivod, Vektor, outras maluqueiras dos King Gizzard & the Lizard Wizard