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Rápida ascensão, a destes Noruegueses. Nem parece que os Kvelertak tenham iniciado as suas edições só na década passada, causando impacto imediato e progredindo no seu enérgico e único estilo, difícil de classificar como todo aquele palavreado na caixinha de informação acima o sugere. Já abriram para gente crescida como Mastodon, Converge ou uns tais Metallica. Dez anos depois de impressionarem com a estreia auto-intitulada, chega “Splid” a reforçar ainda mais essa identidade que não se arranja à força.
“Splid” é um álbum de metal? Ou é simplesmente um álbum de rock ‘n roll puro? Ou faz dos Kvelertak uma banda de punk? Ou insere-se no negro universo do black metal? Sim. Já nos habituámos a essa rebeldia e descarga enérgica a beber às mais e menos evidentes fontes, e “Splid” aperfeiçoa a fórmula para que os Kvelertak se tornem cada vez mais fortes e acessíveis, em toda a sua inacessibilidade. Não são uma banda contraditória, apesar do que se descreve por aqui, nem uma colagem de referências pretensiosa para se fazer passar por original. Até diria que os Kvelertak nunca se aperceberam das suas referências todas, querem simplesmente rockar mais forte que todos, com a velocidade do hardcore punk, riffs de punk como se a década de 70 estivesse a acabar ou de heavy metal como se a de 80 estivesse a começar, melodias e um bom refrão de rock clássico e uns tenebrosos tremolos e blastbeats porque, afinal, sempre são Noruegueses. O resultado são malhões. O que há de realmente novo é um vocalista e uma editora, ultimamente habituada a artistas de sonoridade e alcance mais juvenil. Um bom desempenho dessas partes, o resto é só aperfeiçoado.
“Rogaland” é o arranque em modo hardcore para logo deixar tudo de pantanas; a rockalhada instala-se em todo o disco e traz ares do deserto com “Crack of Doom” que conta com o amigo Troy Sanders dos Mastodon; Se os Ramones ou os Buzzcocks fossem Noruegueses, “Uglas Hegemoni” já existia; “Bråtebrann” atreve-se a trazer-nos um refrão à Yes; “Fanden ta dette hull!” traz AC/DC no início, Iron Maiden no fim e pelo meio ainda é o maior tema de thrash deste conjunto; “Stevnemøte med Satan” prova que, se fores Norueguês, podes crescer com os Darkthrone e os Thin Lizzy ao mesmo tempo; se o Bryan Adams fosse um homem muito nervoso, ele chamava uma banda de hardcore para escrever a “Tevling;” “Delirium tremens” é para dizer que, se conseguem fazer os disparates todos aqui listados, então também conseguem ser uma banda de prog. Chega? Não chega, há que ouvir a divertidíssima e criativa descarga de malhas, todas com um esgar desafiador de rufia que se consegue ouvir. Eles querem que os chamem simplesmente uma banda de rock ‘n’ roll e nós podemos alinhar nisso. E não deve tardar muito até serem eles os headliners da tour para a elite internauta dizer que o acto de abertura é melhor.
Bratebrann, Fanden ta dette Hull, Delirium tremens
KISS, The Exploited, Darkthrone. É isso mesmo