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Muita certeza e pontaria ao dar uns tiros no escuro e acerta-se, como já aconteceu com uns AC/DC, uns Alice in Chains, entre outros. O insubstituível mantém-se assim mesmo e a atitude certa será apenas uma de começar do zero. “From Zero,” como chamam os Linkin Park ao novo álbum que já fez correr tanta tinta e já despertou tantas paixões antes de chegar aqui.
O clima de incerteza sobre a chegada de uma nova voz onde estaria a de Chester Bennington já passou, já está mais do que instalado o debate sobre o valor e adaptação de Emily Armstrong. Não se lhe nega o talento. Nem que este novo conjunto de canções soa mesmo e só a Linkin Park. Temos que ver realmente se “From Zero” sucede na sua arriscada missão. Situando-o na restante discografia, já gerou mais falatório e é bem superior a “One More Light,” último disco com Chester. Não era difícil. Esse está bem no fundo do catálogo. Mas somos obrigados a olhar a toda a discografia. A sua consistência. Os efeitos imediatos ou a longo prazo. “Minutes to Midnight,” por exemplo, álbum de transição, produziu êxitos com facilidade mas bem nos lembramos o quão chatinho era; e o “A Thousand Suns” que o seguiu foi uma mudança bem mais radical, que chocou e desagradou muitos mas que, a longo prazo, ganhou mais e melhor reconhecimento entre os seus trabalhos mais interessantes. “From Zero” também precisará de tempo para se estabelecer. Mas é possível que se venha a manter como um álbum com dores de crescimento.
Para o risco que é, ainda há muitas jogadas pelo seguro. Os throwbacks até são mesmo detectáveis – um pouco da “Faint” na “Heavy Is the Crown,” um pouco da “Points of Authority” na “Two Faced” e até se tenta um novo “Shut up when I’m talking to you!” na “IGYEIH.” E até se deixam ficar mais pesados e a aproveitar o revivalismo do nu metal, o que os fãs andavam a saciar há tanto tempo. Até a sua curta duração é a jogar pelo seguro e, mesmo assim, encontra os seus pontos mortos. Mas aí temos que admitir que todos os anteriores os tinham. Todos, sim. É um álbum algo conturbado de uma banda que, para dor de muitos, também nunca foi perfeita, e até é um sólido pontapé-de-saída para a nova era. Podemos especular que, com o tempo, se voltem a deixar ficar mais pop e andem mais pela onda da “Stained,” com alguma “Casualty” de vez em quando, só para dar o gosto. Compara-se ao progresso de Armstrong ao vivo com a banda: começou a sair-se melhor quando se libertou das amarras de Chester. Que continua insubstituível. “From Zero,” para já, é uma experiência com um resultado decente, mas a depender muito de como corre o futuro para termos a certeza onde se situa. Como acontece com tanto álbum dos Linkin Park, portanto até isso é familiar.
The Emptiness Machine, Casualty, Two Faced
Mais Linkin Park do que Dead Sara, relaxem.