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Com um underground pesado nacional tão rico e variado, há espaço para haver uns bons porta-estandartes para cada onda e género diferente. E se quisermos olhar para o heavy metal de raíz, como se fazia na década de 80, por malta jovem, não dá como não atirar o nome Midnight Priest ao ar imediatamente. “Aggressive Hauntings” já é mais um disco com o intuito de os estabelecer em vez de os apresentar.
O quinteto de Coimbra abandona por completo a língua Portuguesa neste terceiro registo e parte, aparentemente, para uma conquista global de fãs do fantasioso maléfico universo de uns Mercyful Fate, com quem os paralelismos são inevitáveis. À fantástica capa junta-se a aura negra a combinar, numa descarga oitentista que deve ao speed metal, à NWOBHM, – “Iron Heart” é um hino que alguma banda da altura se esqueceu de fazer – e, claro, à vertente mais negra da mente de um King Diamond – “Sin for Satan” seria a faixa representante de alguma versão portuguesa de “Melissa.” Descarga de riffs provenientes das guitarras gémeas de Steelbringer e Iron Fist, como irrompem de imediato em “Funeral” – após uma arrepiante introdução a deixar-nos cautelosos – para não enganar ninguém e apresentarem logo o que trazem.
Nada do heavy metal em estado puro fica esquecido, com um refrão grandioso e poderoso garantido a cada tema e bem vociferado por Lux Thunder, a quem não se evitam as comparações ao supracitado King Diamond ou a um bem raivoso Rob Halford. A proposta final justifica o hype à volta dos coimbrenses e prepara-lhes um bom futuro – com aquele olho no passado – como representantes do heavy metal da velha-guarda, sem pretensiosismos e sem ficar propriamente a dever muito a outros actos Europeus de renome como uns Enforcer ou uns Portrait. Que venham daí mais assombrações destas.
Aggressive Hauntings, Sin for Satan, Iron Heart
Mercyful Fate, Judas Priest, Cruz de Ferro