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O mais recente percurso dos Ministry tem sido marcado pela incerteza da continuidade da banda (e das vezes que terminaram e regressaram com um álbum paupérrimo), sendo que os seus últimos bons trabalhos nos chegaram talvez durante os mandatos de George W. Bush. O que talvez fizesse antever que a eleição de um presidente ainda mais surreal pudesse ser o necessário para trazer à tona o talento que já os vimos exibir e ser o estímulo necessário para fazer valer este novo “AmeriKKKant”.
Donald Trump é a óbvia figura central deste disco e é através do ultraje pós-eleições de 2016 que se pode conseguir recuperar a garra e a rebeldia que o colectivo de Al Jourgensen possuía. A mensagem é óbvia e até nem acrescenta muito à indignação mundial que se sente, mas quanto à garra e atitude, parece contribuir para alguns dos mais agressivos, poderosos e riffados temas da banda em muito tempo. Com reminiscências aparentemente conscientes a alguns dos seus trabalhos clássicos, como “Filth Pig”, os Ministry trazem-nos bons temas cheios de abusos industriais e alguns dos riffs mais cheios de sujidade em muito tempo – mesmo que não se evitem as saudades de Mike Scaccia. E apesar de haver malhas boas, estas acabam por se ofuscar no meio dos excessos de samples, introduções, interlúdios e alguma ou outra ideia repetida e mensagens de interpretação mista.
Pelo meio-termo, este será o melhor disco dos Ministry em muito tempo e é fácil estar do lado da banda nesta questão, afinal o Trump é um mal enorme que aqui só originou um trabalho “OK”.
Victims of a Clown, We’re Tired of It, AmeriKKKa
Fear Factory, Revolting Cocks, Provavelmente não o Trump