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Acabados em 2008 sem serem totalmente capazes de parar, com tantos lançamentos que saíram nesse período, e reunidos em 2011 para destilar mediocridade. Muitos fãs ainda fazem de conta que ficaram ali, com tudo concluído, em 2008. Tal é o gosto nas obras que se seguiram. Não tem sido do mais fácil ser fã dos Ministry. Se até já pode ter sido dito por aí – e se calhar até pode ter sido só o próprio escriba nalgum devaneio, mas não interessa muito aqui para o assunto – que o “Illud Divinum Insanus” dos Morbid Angel seria melhor se fosse assinado pelos Ministry, isso já significará muito. Então não é surpresa de que a expectativa para “Hopiumforthemasses” não seja assim tão ambiciosa, e a capa decorada com um “facepalm” – mais uma – pode servir de presságio.
A política é inevitável. Um daqueles casos de chegar mesmo a tempo, já que as coisas não ficam menos tensas, muito pelo contrário e repete-se o mesmo confronto de há quatro anos atrás, com a possibilidade de reverter para o que estava. E Al Jourgensen não é subtil na sua aversão ao Sr. Trump, tal como não era na sua repulsa pelo Sr. Bush. Como os seus fãs gostarão do ex-Presidente tanto quanto ele, vale que aqui já não existam tantas samples em que tenham que o ouvir, como aconteceu com “AmeriKKKant.” Mas existem na mesma, portanto “Hopiumforthemasses” não vem para surpreender como um álbum descontraído. É mesmo para mexer mais na porcaria. E falar do “Goddamn White Trash” e de “Aryan Embarrassment” e de tudo o que se vê por aí.
Já é de esperar e, após estas décadas todas de carreira e após uma sequência de óptimos discos anti-Bush, não devem sobrar muitos opositores ideológicos de Al que o sigam assim com tanto gosto. Portanto não vem chocar muito. E musicalmente, é bom ou é mais mediania a meio gás como tem sido desde a reunião? Pelo menos variado é. Temos que levar com “B.D.E.” sobre “big dick energy,” que era exactamente o tipo de léxico que queríamos ouvir de Jourgensen, mas a ambientalista “Just Stop Oil” soa a industrial dos 90s, a participação de Jello Biafra em “Aryan Embarrassment” torna-a bem mais divertida e, chegando a “TV Song 1/6 Edition,” até nos lembramos que às vezes só uma thrashada assim simples e rápida é tudo o que precisamos. E as surpresas ficam para o fim: “Cult of Suffering” tem uma interessante suavidade e um convidado surpreendente – Eugene Hütz, dos Gogol Bordello – e “Ricky’s Hand” – obra de Fad Gadget – é um retroceso ao synthpop dos tempos iniciais, do “With Sympathy.” Pois é, Jourgensen já aprendeu a aceitar e abraçar esse disco e até nos brinda assim com este throwback. Quem diria que era o mais interessante a sair com o nome Ministry actualmente. É um disco que se sujeita a tornar cansativo – e não só pelo tema – mas é variado e tem mais destaques que os antecessores. Pode bem ser o álbum mais interessante desde 2011, a reunião. Mas também, a fasquia estava tão baixa…
Just Stop Oil, Aryan Embarrassment, Ricky’s Hand
Skinny Puppy, Fear Factory, Revolting Cocks